Ouvir
  • Noticiário das 14h
  • 13 nov, 2025
A+ / A-

Elevador da Glória

Carlos Moedas: “Não há um erro que possa ser imputado a uma decisão do presidente da Câmara”

07 set, 2025 - 20:24 • Olímpia Mairos

Em entrevista à SIC, Carlos Moedas mostra-se revoltado com o aproveitamento político da tragédia e acusa Alexandra Leitão de ser "cínica" ao enviar "sicário" Pedro Nuno Santos a pedir a sua demissão.

A+ / A-

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, assumiu em entrevista à SIC a responsabilidade política pelo descarrilamento do Elevador da Glória.

“A responsabilidade política é minha”, afirmou o autarca, sublinhando que essa responsabilidade só se concretiza se ficar provado que a Câmara não deu à Carris as condições necessárias para garantir a manutenção da infraestrutura.

Moedas reforçou que, caso se demonstre que a sua atuação levou à redução do orçamento da empresa, à falta de investimento ou a falhas na manutenção, assumirá as consequências: “Se alguém provar que alguma ação minha, enquanto presidente da Câmara, impediu a empresa de gastar o necessário em manutenção ou de cumprir o que tinha de fazer, eu demito-me no mesmo dia.”, assegurou.

No entanto, o autarca garante que não existe qualquer erro que possa ser imputado diretamente a uma decisão sua.

Nesta tragédia não há nenhum erro que possa ser atribuído ao presidente da Câmara. Não é o presidente da Câmara que gere a empresa”, sublinhou.

Sobre o pedido de demissão apresentado pelo presidente da Carris, Pedro Bogas, e a disponibilidade manifestada pelo vice-presidente da Câmara, Filipe Anacoreta Correia, para assumir responsabilidades, Carlos Moedas foi perentório: “Daqui ninguém sai. Ninguém se pode demitir de algo tão grave. Seria uma cobardia. Não vou permitir.”

Carlos Moedas afirmou ainda não compreender a forma como a tragédia tem sido “politizada”, confessando estar revoltado com o aproveitamento político da situação.

“Revolta-me muito ver que certos partidos, de forma direta ou dissimulada, procurem politizar a tragédia”, declarou, apontando diretamente ao Partido Socialista de Lisboa.

Segundo o autarca, o PS evita pedir abertamente a sua demissão, mas promove essa pressão por via indireta.

No fundo, têm uma candidata que não pede a minha demissão, mas encarrega todos os seus sicários e todos os seus apoiantes para virem por trás— como Pedro Nuno Santos ou Brilhante Dias” — de o fazerem.

Na entrevista, o presidente da Câmara destacou ainda que a sua prioridade imediata, após a tragédia, foi estar no terreno e acompanhar de perto a situação.

O Elevador da Glória, em Lisboa, descarrilou na quarta-feira, causando 16 mortos e 23 feridos.

O equipamento é gerido pela Carris, liga os Restauradores ao Jardim de São Pedro de Alcântara, no Bairro Alto, num percurso de cerca de 265 metros e é muito procurado por turistas.

Ouvir
  • Noticiário das 14h
  • 13 nov, 2025
Saiba Mais
Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+