14 set, 2025 - 19:45 • João Cunha , Fábio Monteiro
A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) acusa o Governo de Luís Montenegro e a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, de “faltarem à verdade à população” relativamente à situação nas urgências de ginecologia e obstetrícia, que, no sábado, estiveram todas encerradas na Margem Sul.
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“Há um ano anunciaram que ia deixar de haver problemas nos serviços de urgência, nomeadamente da obstetrícia, que não iam estar encerrados e há um mês garantiram que no Hospital Garcia de Orta as urgências iam estar-se permanentemente abertas”, lembrou Joana Bordalo e Sá, presidente da FNAM, em declarações à Renascença.
“Mas, obviamente, não resolvendo o problema da falta de médicos no quadro desse serviço de urgência do Hospital Garcia de Orta, é evidente que a situação não se iria resolver”, criticou.
Para a responsável sindical, o impacto na Margem Sul é especialmente grave. “Extremamente preocupante porque, de facto, é uma população carenciada e é quem está a ser negado os cuidados de proximidade”, sublinhou.
Bordalo e Sá acusa ainda o Governo de inação: “Mais uma vez, por falta de médicos, porque este Governo de Luís Montenegro nada faz para garantir o contrário, não é?”
O encerramento das urgências foi anunciado no sábado pelo Ministério da Saúde, que apontou a “indisponibilidade comunicada à última hora por médicos em regime de prestação de serviços”, os chamados tarefeiros, como motivo para a falha na escala de sábado.