16 set, 2025 - 13:52 • Olímpia Mairos
A Polícia Judiciária (PJ) realizou, esta terça-feira, 73 buscas domiciliárias em várias zonas do país e deteve 64 suspeitos de integrarem um grupo criminoso transnacional especializado em criminalidade informática, burlas qualificadas e branqueamento de capitais.
De acordo com a PJ, os suspeitos recorriam a técnicas de ‘phishing’ para enganar as vítimas, causando prejuízos superiores a 14 milhões de euros.
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Em comunicado enviado à Renascença, a polícia explica que o esquema “consistia na angariação de vítimas, todas de nacionalidade sueca, maioritariamente com mais de 65 anos, que eram persuadidas a fornecer os códigos de acesso às suas contas bancárias. Posteriormente, eram efetuadas transferências não autorizadas de fundos para contas em Portugal e noutros países, seguindo-se a dissipação desses valores”.
O núcleo principal da rede, composto por cidadãos suecos que residiam em Portugal, não só executava as burlas informáticas como também recrutava dezenas de ‘money mules’. Estes cediam ou abriam contas bancárias para movimentar os montantes ilícitos, contribuindo assim para o branqueamento de capitais.
A investigação decorreu no âmbito de uma operação conjunta da PJ e da polícia sueca, com o apoio da Europol e da Eurojust, que acompanharam as diligências em Portugal. Em território sueco foram igualmente realizadas operações.
Durante as buscas, foram apreendidos equipamentos informáticos, documentação relevante e vários bens adquiridos com os lucros ilegais, incluindo viaturas de alta cilindrada, joias e relógios de elevado valor.
Os detidos serão presentes ao Ministério Público esta terça-feira, para primeiro interrogatório judicial.