17 set, 2025 - 12:27 • Olímpia Mairos , com Lusa
O Governo vai avançar, a curto prazo, com a criação de uma urgência regional de obstetrícia na Península de Setúbal.
O Hospital Garcia de Orta passará a funcionar em permanência, enquanto o Hospital de Setúbal receberá apenas os casos encaminhados pelo SNS 24 e pelo INEM.
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O anúncio foi feito pela ministra da Saúde na Comissão de Saúde, onde explicou que, para que isto aconteça, é preciso negociar com os sindicatos e falar com as ordens dos Médicos e dos Enfermeiros, uma vez que o Governo já tem a legislação pronta.
"Essa é agora, neste momento, a nossa prioridade, fazer a urgência regional, mas eu quero deixar claro o seguinte, nós não poderemos deixar de ter Setúbal, vou deixar isto claro, mesmo tendo a HGO aberto todos os dias, nós não poderemos deixar de ter Setúbal em contingência, ou seja, aberto a CODU por causa do risco, exatamente a distância", disse Ana Paula Martins.
Na audição, a ministra da Saúde afirmou que, para assegurar a abertura permanente das 39 urgências do país seriam "necessárias mais de um milhão de horas anuais de trabalho médico", cumprindo as dotações estabelecidas (20% de obstetras na equipa) pela Ordem dos Médicos.
Para a Península de Setúbal, e só para ter a funcionar as urgências do Hospital Garcia de Orta, que é o mais diferenciado, e do Hospital de Setúbal seriam necessários mais 30 especialistas.
Desde o início do ano já nasceram 57 bebés em ambulâncias, mais sete do que em todo o ano de 2024.
Os números, divulgados esta quarta-feira pelo Diário de Notícias com base em dados das corporações de bombeiros, evidenciam um aumento de partos fora das unidades hospitalares.
Grande parte das ocorrências regista-se na Península de Setúbal, consequência do encerramento simultâneo de várias urgências de Obstetrícia e Ginecologia.