20 set, 2025 - 01:38 • Marisa Gonçalves com Lusa
A Associação Nacional dos Oficiais da Guarda (ANOG) exige que o Ministério da Administração Interna (MAI) volte à mesa das negociações, ainda este mês de setembro.
Um dos objetivos é garantir que o cálculo da pensão de reforma seja discutido em sede de Orçamento do Estado.
Em declarações à Renascença, o presidente da ANOG, Tiago Gonçalves Silva, diz que se nada for feito, estes profissionais vão ter um corte de mais de 30% nas pensões de reforma em janeiro de 2026.
“Está a gerar um descontentamento enorme nas nossas fileiras e queremos resolver o problema porque os mais antigos acabam por não transitar para a reforma e vão-se mantendo na instituição. Por outro lado, isto vai congelar as promoções, também. Mesmo os mais novos vão ser prejudicados porque a partir do momento em que os mais velhos não saem, os mais novos não podem ser promovidos”, alega.
Tiago Gonçalves Silva diz que o Governo está a falhar ao compromisso com as negociações para este mês de setembro e acusa o Executivo de querer adiar o problema.
“Acreditamos que está a agir de má-fé. Não há outra explicação. A Senhora ministra disse que iria reunir, nós enviámos um e-mail a solicitar que fosse antes da apresentação do Orçamento de Estado para poderem ser discutidos estes assuntos, que têm um impacto enormíssimo. Ora, se quisessem dar-nos alguma coisa, numa forma simples de falar, teriam aproveitado esta oportunidade. Mas, não. O que querem é protelar ainda mais os problemas”, aponta.
A Associação Nacional dos Oficiais da Guarda apela a todos os militares da GNR para que se mobilizem num protesto em frente ao parlamento, ainda sem data agendada.
O Ministério da Administração Interna (MAI) convocou esta semana as cinco associações da GNR e os sete sindicatos da PSP com direito a negociar com o Governo para reuniões que começam a 06 de outubro e terminam a 24 de novembro, estando entre os temas a ser debatidos as tabelas remuneratórias, carreiras e revisão dos suplementos.
Na convocatória, o MAI refere que o objetivo é retomar o processo negocial que tinha ficado acordado em julho de 2024 quando ficou estabelecido o aumento faseado do suplemento de risco em 300 euros até 2026.