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Ativistas portugueses aterraram em Lisboa

05 out, 2025 - 22:52 • Olímpia Mairos , com Lusa

À sua espera estão familiares e dezenas de apoiantes pró-palestina.

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Ativistas portugueses já estão em Lisboa. Foto: Rui Minderico/Lusa
Ativistas portugueses já estão em Lisboa. Foto: Rui Minderico/Lusa
Ativistas portugueses já estão em Lisboa. Foto: Rui Minderico/Lusa
Ativistas portugueses já estão em Lisboa. Foto: Rui Minderico/Lusa
Ativistas portugueses já estão em Lisboa. Foto: Rui Minderico/Lusa
Ativistas portugueses já estão em Lisboa. Foto: Rui Minderico/Lusa
Ativistas portugueses já estão em Lisboa. Foto: Rui Minderico/Lusa
Ativistas portugueses já estão em Lisboa. Foto: Rui Minderico/Lusa

Os quatro cidadãos portugueses que integraram a flotilha Global Sumid e foram detidos pelas autoridades israelitas aterraram este domingo, cerca 22h30, no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, após serem repatriados de Israel.

À sua espera encontram-se familiares e dezenas de apoiantes pró-palestina. Presentes estão também antigos e atuais dirigentes do Bloco de Esquerda como Francisco Louçã, Catarina Martins, Luís Fazenda, Jorge Costa e outros.

Empunhando bandeiras e lenços da Palestina, os manifestantes erguem cartazes com palavras de ordem como "Libertem a Palestina" e "Obrigado Marina, Sofia, Diogo e Miguel por nos representarem", enquanto aguardam pela saída dos ativistas.

A coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, descreveu esta noite como difícil o tempo que esteve presa em Israel, mas disse que muito pior deverão passar os detidos palestinianos.

Percebemos a diferença naquela prisão “entre ser europeus e palestinianos, e por muito que tenha sido difícil para nós, e foi, e por muito que tenha havido abusos, e houve, muitos, isso deu-nos uma ideia do grau de impunidade das forças israelitas contra palestinianos”, disse esta noite à chegada a Lisboa.

O ativista Miguel Duarte afirmou também, na mesma altura, que não existem direitos dos prisioneiros nas cadeias israelitas, e se os detidos portugueses que faziam parte da flotilha tiveram alguma proteção foi por serem europeus e por haver mobilizações por todo o mundo em apoio da flotilha.

Numa escala em Madrid - antes de viajar para Lisboa Mariana Mortágua garantiu que nunca reconheceu ter entrado ilegalmente em Israel. Uma confissão que as autoridades de Tel Aviv terão exigido por escrito para permitir a partida dos ativistas.

Não admiti nunca. Eles inventaram um crime, mas nós nunca admitimos e saímos do país”, declarou a líder bloquista, em declarações aos jornalistas em Madrid.

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A deputada revelou que foram maltratados na prisão “com tudo que se possa imaginar, com várias horas em jaulas ao sol”.

“Mudávamos de sítio muitas vezes, fomos algemados várias vezes”, acrescentou.

Também Sofia Aparício contou que os últimos dias “foram difíceis”.

“Fomos raptados em águas internacionais. Fomos levados contra a nossa vontade para Israel. Ficámos reféns e não fomos bem tratados”, sublinhando, no entanto, que “comparado com o que o povo palestiniano tem sofrido nas últimas décadas, não é nada”.

A coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, a atriz Sofia Aparício e os ativistas Miguel Duarte e Diogo Chaves estavam detidos, em Israel, desde a noite de quarta para quinta-feira passada, quando as forças israelitas intercetaram as cerca de 50 embarcações da Flotilha Global Sumud, que pretendia entregar ajuda humanitária na Faixa de Gaza.

[notícia atualizada às 0h53 de 6 de outubro de 2025 para acrescentar declarações de Mariana Mortágua e Miguel Duarte]

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