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Bragança sem serviço de transportes urbanos devido à greve dos trabalhadores

10 out, 2025 - 12:42 • Lusa

Em Bragança, o transporte público municipal é assegurado por cerca de 30 trabalhadores que reclamam aumento salarial, melhores condições de trabalho e progressões na carreira.

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O Serviço de Transportes Urbanos de Bragança (STUB) está esta sexta-feira paralisado devido à greve dos trabalhadores dos transportes públicos, que conta com uma adesão total no concelho, adiantou fonte do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional.

"Não há nenhuma rota a funcionar. Temos 114 aldeias, 39 freguesias que estão sem transporte. Tanto crianças para as escolas como idosos para virem à feira não têm hoje transporte", adiantou o coordenador de Bragança, Francisco Marcos.

Contactado pela Lusa, o presidente da câmara de Bragança, Paulo Xavier, realçou que a greve é um direito legítimo dos trabalhadores e que o município tem estado em conversações com os funcionários para chegarem a um acordo, com reclamações que entende serem fáceis de atender, mas tudo "tem de ser muito bem analisado".

Em Bragança, o transporte público municipal é assegurado por cerca de 30 trabalhadores que reclamam aumento salarial, melhores condições de trabalho e progressões na carreira.

"Os trabalhadores deviam ser todos agentes únicos, terem uma valorização das carreiras. Temos trabalhadores com 20 anos de trabalho aqui no município que estão com um vencimento mínimo, não têm valorização da carreira", vincou Francisco Marcos.

As reivindicações são dirigidas ao Governo, mas também ao município, exigindo o sindicato "um acordo coletivo de empresa".

"Já ajudava muito estes trabalhadores, em termos de formação, em termos de regulamentação de horários. São poucos trabalhadores. Ao haver mais trabalhadores não precisavam de fazer tantas horas e já podiam ter mais tempo para o seu dia a dia, para a sua família", referiu o sindicalista.

Quanto à falta de funcionários alegada pelo sindicato, Paulo Xavier disse que desde que assumiu o cargo de presidente da câmara, há cerca de um ano e meio, foram contratados mais "seis ou sete trabalhadores" e que se surgir a necessidade de contratar mais, o município assim o fará.

O STUB é feito por 25 autocarros, mas, de acordo com o sindicato, são precisos mais devido ao território ser "muito denso".

Além disso, o sindicato defende também uma frota modernizada, visto que a idade média destes veículos pesados é de 15 anos.

"Isto é muito. Para autocarros que andam sempre com muita gente, que fazem muitos quilómetros diários, estas autocarros têm de ter uma vida útil de sete a 10 anos", explicou, adiantando que, atualmente, os serviços municipais de mecânica, pintura e bate-chapas são quase inexistentes.

Prevê-se que a paralisação total seja durante todo o dia.

O Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional reclama um aumento salarial de 15% ou nunca inferior a 150 euros, um aumento do subsídio de alimentação e ainda valorização das carreiras, com progressão profissional.

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