16 out, 2025 - 20:05 • Lusa
A Microsoft Portugal tem em curso um despedimento coletivo de 68 trabalhadores, acompanhando os cortes que a multinacional tem vindo a fazer este ano que abrangeram milhares de funcionários a nível global, avançaram à Lusa fontes ligadas ao processo.
Uma das fontes confessou que este processo já se iniciou há alguns meses. Esta é a segunda vez este ano que a Microsoft Portugal procede ao despedimento de um elevado número de funcionários.
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Cargos de 'customer account managers' (gestores de contas de clientes), 'cloud solution architects' (especialistas em soluções de nuvem para empresas) e equipas de FastTrack (que auxiliam os clientes a implementar e a tirar o máximo partido das soluções Microsoft) estão em causa, precisou uma outra fonte.
Contactada pela Lusa, a Comissão de Trabalhadores (CT) da Microsoft Portugal, recentemente constituída, remeteu esclarecimentos para a empresa por estar abrangida por um acordo de confidencialidade.
Fonte oficial da multinacional respondeu, porém, que a Microsoft está, a nível global, "a implementar mudanças organizacionais necessárias para posicionar melhor a empresa para o sucesso num mercado dinâmico", reiterando a declaração que tem vindo a divulgar há já vários meses.
Segundo dados divulgados em junho do ano passado, a Microsoft empregava cerca de 228 mil trabalhadores a tempo inteiro, pelo que a redução anunciada em julho poderá ter afetado perto de nove mil pessoas. No entanto, não ficou claro se o corte comunicado em julho incluía os cerca de 6.000 trabalhadores já despedidos numa vaga anterior, anunciada dois meses antes, em maio.
A Microsoft, em particular, tem estado sob pressão nos últimos anos para controlar os custos, face a um contexto de elevados gastos com centros de dados que alimentam os serviços de inteligência artificial e de computação na nuvem.
Sediada em Seattle, nos Estados Unidos da América, a Microsoft tem vindo a efetuar vários despedimentos. A mais recente ronda de saídas, a segunda em poucos meses, foi anunciada no início de julho, afetando milhares de trabalhadores em várias equipas a nível global, incluindo nas áreas de vendas e na divisão de videojogos Xbox.
A Microsoft começou a enviar os avisos de despedimento a 2 de julho, mas, em comunicado, recusou especificar o número exato de funcionários abrangidos. Indicou apenas que os cortes representam menos de 4% da força de trabalho que tinha há um ano.