17 out, 2025 - 07:35 • Ana Fernandes Silva , João Malheiro
As dificuldades na compra de carros elétrios continuam para os portugueses, apesar de ter havido uma adaptação do setor automóvel. Há mais oferta e uma maior aposta das marcas em modelos mais baratos.
Em declarações à Renascença, José Oliveira, diretor do Salão Automóvel Híbrido e Elétrico – Salão da Mobilidade Sustentável que decorre este fim de semana, no Porto, admite que já há preços mais acessíveis, contudo ainda é um mercado desajustado à realidade financeira de muitos portugueses.
Realça que há "uma aposta clara por parte das marcas" para ir ao encontro às capacidades do consumidor, com modelos mais competitivos, mas o carro elétrico "ainda não é acessível a todas as pessoas".
Numa altura em que cada vez mais se fala em mobilidade e depois de sabermos que os Estados Unidos retiraram o apoio à compra de carros elétricos, José Oliveira reclama apoios do Governo português na comprar destas viaturas, para que possa, de facto, existir uma mudança no parque automóvel.
"Os apoios são sempre bem-vindos, na mudança de tecnologia. As empresas têm um apoio mais eficaz, o consumidor final não tem. Podia haver mais e iria acelerar, de certeza, o consumo", considera.
Apesar das estruturas terem vindo a preparar-se para a mudança tecnológica dos carros elétricos, ainda não funcionam a 100% em todo o país. No entanto, a avaliação é positiva para José Oliveira, que acredita que Portugal "está equilibrado" em termos de oferta.
"É verdade que haja momentos do ano em que a estrutura não esteja preparada, mas isso é normal. Na grande maioria do ano, sinto que, de um modo geral, está a postos", avalia.
José Oliveira, diretor do Salão da Mobilidade Sustentável. Durante este fim de semana decorre a nona edição do Salão Automóvel Híbrido e Elétrico, na alfândega do Porto.