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Mortágua. Costa devia ter reconhecido que "fracassou em muitas coisas"

12 dez, 2023 - 19:23 • Lusa

Coordenadora do BE dá o exemplo das "100 mil crianças sem lugar na creche em Portugal" como um dos problemas que ficou por resolver.

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A coordenadora do BE considerou esta terça-feira que o primeiro-ministro deveria ter aproveitado a entrevista que deu na véspera para reconhecer que "não resolveu, que agravou os problemas e que fracassou em muitas coisas" durante a sua governação.

Mariana Mortágua deixou estas críticas a António Costa no encerramento de um encontro no parlamento com um conjunto de amas que trabalham em IPSS, adiantando ser esse um dos exemplos nos quais o chefe do executivo fracassou porque "não resolveu o problema de centenas de amas".

"Hoje sabemos que temos uma crise da habitação como não tínhamos antes e que é um fator de empobrecimento (...), sabemos que temos uma crise na saúde e nos serviços públicos. Uma entrevista não seria o lugar para o primeiro-ministro resolver esses problemas, mas poderia e deveria ter reconhecido que não resolveu, que agravou os problemas, que fracassou em muitas coisas", defendeu.

Segundo a líder bloquista, "ninguém esperava que numa pequena entrevista o primeiro-ministro fosse resolver todos os problemas que não resolveu ao longo de dois anos".

"Dois anos com uma maioria absoluta, dois anos com todas as condições para poder fazer tudo o que prometeu, dois anos para resolver problemas que se arrastam há tanto tempo e a verdade é que, não só não resolveu nenhum problema importante do país, como agravou muitos outros", criticou.

Dando o exemplo das "100 mil crianças sem lugar na creche em Portugal" como um dos problemas que ficou por resolver pelo Governo socialista que está agora de saída, Mortágua condenou que estas amas trabalhem com baixos salários e em situação precária quando estão a "cumprir um dever do Estado".

"Quando estas mulheres exigem os seus direitos, ainda há quem lhes diga que vão ser despedidas", disse, acrescentando que as IPSS "estão a receber dinheiro do Estado para pagar e não cumprem".

Reiterando que a responsabilidade deste cumprimento é do Estado, a líder do BE apontou que a luta das amas representa duas coisas, a primeira das quais "o direito de todas as crianças à creche", porque as amas por todo o país "são dois braços do Estado que ajudam a cumprir esse dever", devendo o Estado "dignidade e direitos" a estes trabalhadores.

"O Estado tem uma dívida para convosco, temos todos uma dívida para convosco. O compromisso que nós assumimos é de que essa dívida seja paga até ao último cêntimo. O país deve-vos esses direitos e governar é isso", assegurou.

Mariana Mortágua reiterou o compromisso de que o BE vai "continuar a lutar" para que os direitos das amas sejam cumpridos.

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  • Anastácio José Marti
    13 dez, 2023 Lisboa 14:43
    Se é verdade que Costa fracassou em muita coisa, os trabalhadores DEFICIENTES que o digam, o que dirão os mesmos trabalhadores dos partidos da oposição dos quais o BE faz parte? Alguma vez fizeram a oposição de que o país necessita há muito, para corrigirem os fracassos do Governo? Quais? Alguém conhece algum fracasso corrigido pela oposição que sabe qualificar o trabalho do Primeiro Ministro mas ainda não aprendeu a ver-se ao espelho para saber se tem alguma moral para falar dos outros? Saliento apenas alguns exemplos do fracasso dos partidos da oposição e do Governo: 1 - Onde está publicada a lei que permita a quem tem pelo menos 40 anos de descontos aposentar-se sem ser penalizado independentemente da idade? 2 - Quando é que os políticos deste ainda país se dignam respeitarem os trabalhadores DEFICIENTES e os seus legítimos direitos, permitindo-lhes a evolução profissional a que têm legítimo direito e o ingresso naa carreira de Técnico Superior, aos que reunem condições jurídicas para isso, em vez de estarem a marcar passo como ainda hoje acontece? - Apesar da Troika ter abandonado o país há uma década, alguém conhece alguma diligência feita por qualquer partido da oposição ou pelo Governo, para devolver aos funcionários públicos, os Subsídios de Férias e de Natal por inteiro, deixando de fazer incidir sobre os mesmos os descontos imorais e desonestos para a CGA, ADSE, IRS, etc? Enquanto estas vergonhas nacionais não forem reparadas como há muito o deveriam ter sido, jamais estes políticos merecem confiança alguma por parte de quem trabalha e é assim desrespeitado e os seus legítimos direitos postos em causa.

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