06 jun, 2024 - 17:01 • Isabel Pacheco
Na feira semanal de Barcelos, Catarina Martins recebeu, esta quinta-feira, flores. O ramo de cravos da Índia chegou pela mão de uma das vendedoras, logo à entrada do recinto.
“Ainda quereis melhor? Vou vos oferecer um raminho muito lindo para levares para lá”, atirou a vendedora referindo-se a Bruxelas para onde a ex-coordenadora do Bloco de Esquerda se candidata a um lugar no Parlamento Europeu.
Já de flores no regaço, Catarina Martins continuou a visita ao espaço da feira entre os olhares impressionados de quem estava habituado a ver a candidata apenas na televisão. Foi o caso de Manuel Rites.
“Afinal é tão grande como eu”, comentou o imigrante em França, que garantiu acompanhar a candidata à distância. Mas não foi só Manuel. “A televisão engana muito”, atirou outro barcelense que perante os microfones dos jornalistas recorreu ao ditado para explicar que “a mulher e a sardinha quer-se da mais pequenina”.
“Uma campanha grande e uma mulher pequenina”, atirava uma das freguesas da banca de fruta, que lembrou que “os grandes [partidos] nem sempre dizem tudo”.
E foi entre a fruta e os legumes que a campanha bloquista prosseguiu a visita à feira semanal. Um ponto tradicional das campanhas eleitorais que recebeu Catarina Martins no dia em que Ursula von der Leyen se junta à campanha da Aliança Democrática (AD).
“Um bom dia para perceber quem está do lado direitos humanos, das condições concretas da vida das pessoas ou, que, pelo contrário, quer mais guerra e empobrecer a Europa”, disse a bloquista, referindo-se à presença da recandidata à Comissão Europeia esta quinta-feira numa ação de campanha no Porto ao lado de Luís Montenegro e Sebastião Bugalho.
“Ursula von der Leyen é representante de um projeto europeu que está a negociar com setores da direita e da extrema-direita que têm como opção retirar fundos europeus para áreas fundamentais como a saúde e educação para financiar a indústria de armamento alemã que está a dar armas ao genocida Benjamim Netanyahu”, acusou Catarina Martins.
“A legislação da União Europeia obriga que haja sanções e embargo ao envio de armas perante crimes de guerra e genocídio. Isso deve-nos fazer pensar quem está do lado de Von der Leyen hoje e se defende ou não a paz e os direitos humanos”, rematou.