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Transportes públicos

Governo admite recorrer à CP ou comprar comboios para a Fertagus

05 fev, 2025 - 18:21 • Manuela Pires

No debate quinzenal, o primeiro-ministro voltou a garantir a Pedro Nuno Santos que o Governo não aumentou os impostos sobre os combustíveis, mas existiu apenas "um desconto reduzido". O líder do PS questionou ainda Luís Montenegro sobre a sobrelotação dos comboios da linha Lisboa-Setúbal.

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A falta de comboios na Fertagus, na linha Lisboa-Setúbal, e o aumento dos combustíveis foram dois temas para o frente-a-frente entre o primeiro-ministro e o líder do Partido Socialista, no debate quinzenal desta quarta-feira, no Parlamento.

Pedro Nuno Santos acusou o Governo de ser o responsável pela situação que se vive naquela linha com os comboios superlotados. O líder do PS quis saber como vai o primeiro-ministro resolver este problema e se a solução passa por comboios da CP.

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Eu quero perguntar se vai haver uma retirada de comboios da CP para a Fertagus, isto porque a CP já está no limite da utilização do seu material circulante. Muito dele tinha sido encostado e abandonado pela senhora atual secretária de Estado quando era vice-presidente da CP”, perguntou o líder do PS.

Na resposta, o primeiro-ministro garantiu que, se a CP não tiver comboios, o Governo vai tentar comprar mais material circulante.

“Precisamos de mais composições e precisamos de maior operacionalidade na linha. Para isso é preciso investir, é preciso fazer os investimentos que não foram feitos até aqui. E é preciso ir procurar dentro das possibilidades onde é que há material circulante disponível. E, portanto, se houver alguma composição na posse da CP que possa ser direcionada para esta linha, tanto melhor. Se não houver, temos de aguardar a possibilidade de ir ao mercado comprar” referiu o primeiro-ministro.

No debate com o primeiro-ministro foram colocados outros temas da atualidade, o líder do PS voltou a questionar Luís Montenegro sobre o tempo de espera nas cirurgias oncológicas, mas o preço dos combustíveis também motivou uma troca de argumentos.

Pedro Nuno Santos diz que Montenegro está a fazer mal as contas e que confunde a taxa e carbono com a taxa de ISP, e volta a dizer que o Governo aumentou o imposto e os preços subiram. O primeiro-ministro recusa, liminarmente, essa ideia e garante que o executivo reduziu o desconto que estava a ser feito.

“Que fique claro, nós não aumentámos nenhum imposto, não há nenhum imposto que tenha aumentado, houve um que teve um nível de desconto reduzido, mas ao mesmo tempo foi reduzida também a incidência da taxa de carbono no mecanismo de formação do preço. A fiscalidade sobre os combustíveis manteve-se na mesma. Agora, aqueles que, de facto, quiseram antecipar uma crise, tiveram, por assim dizer, azar, que o mesmo é dizer foram também imprudentes”, concluiu Luís Montenegro.

No debate desta quarta-feira, o primeiro-ministro saiu em defesa do ex-secretário de Estado da Administração Local e do Ordenamento do Território que se demitiu a semana passada, mas considera que Hernâni Dias foi "imprudente" quando constituiu duas empresas imobiliárias.

No debate parlamentar, o líder do Chega levantou ainda o caso da operação Tutti-Frutti em que estão acusados dois deputados do PSD. André Ventura desafiou Montenegro a aceitar mudar a lei para expulsar os deputados envolvidos em crimes graves.

O primeiro-ministro não aceita e diz que é à justiça que cabe investigar criminalmente. Politicamente, deve ser avaliado por cada um se tem legitimidade para continuar a exercer o cargo, sublinha.

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