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Acusado pelo MP

Deputado do Chega renuncia ao mandato após ter sido acusado de prostituição de menores

06 fev, 2025 - 11:09 • Daniela Espírito Santo , Jaime Dantas

Em causa estão encontros sexuais com um jovem de 15 anos. Nuno Pardal Ribeiro também se demitiu da vice-presidência da distrital de Lisboa do Chega.

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Nuno Pardal Ribeiro, deputado municipal de Lisboa e conselheiro nacional do Chega, renunciou ao mandato esta quinta-feira depois de ter sido acusado de prostituição de menores.

A informação foi avançada esta quinta-feira pelo semanário Expresso, que indica que o deputado municipal e vice-presidente da distrital de Lisboa do Chega, está acusado pelo Ministério Público de dois crimes de prostituição de menores agravados. A renúncia foi, no entretanto, confirmada pelo próprio ao Observador, onde adianta que vai deixar o cargo na Assembleia Municipal para se focar em "provar a inocência" durante esta situação "muito delicada".

Já durante a tarde desta quinta-feira, Nuno Pardal Ribeiro demitiu-se também da vice-presidência da distrital de Lisboa do Chega, segundo a Comissão Política Distrital de Lisboa, em comunicado assinado em conjunto com o Conselho de Jurisdição Distrital de Lisboa.

Em causa estão encontros sexuais com um jovem de 15 anos. Segundo consta na acusação, no dia 11 de junho de 2023, o homem de 51 anos ter-se-á encontrado com o rapaz de 15 numa estação de comboios. Daí partiram em direção a um pinhal. Durante o caminho, o dirigente do partido de André Ventura terá perguntado a idade ao jovem, tendo este respondido "quinze".

A denúncia partiu dos pais do menor, depois de terem tido acesso às mensagens que o filho trocava no WhatsApp.

Nuno Pardal Ribeiro está acusado de dois crimes de prostituição agravada. Um, relacionado com o primeiro encontro, consumado, e outro na forma tentada, relativo à tentativa de um segundo encontro.

Uma vez que a prostituição é permitida apenas a partir dos 18 anos, o deputado terá, segundo o Expresso, que provar que acreditava que o menor tinha atingido já a maioridade.

A pena pode ir a cinco anos, sendo que o procurador Manuel dos Santos deverá definir uma indemnização à vítima.

[Notícia atualizada às 14h13 para acrescentar demissão da vice-presidência da distrital de Lisboa]

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