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Ministra da Cultura nega ter empresas imobiliárias e diz que "em política não vale tudo"

25 fev, 2025 - 23:16 • Lusa

Dalila Rodrigues sublinhou que "à data da tomada de posse não era titular de qualquer participação social em qualquer sociedade comercial".

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A ministra da Cultura, Dalila Rodrigues, negou esta terça-feira ter participações em empresas imobiliárias, após informação divulgada pelo Bloco de Esquerda, sublinhando que as suas fontes de rendimentos são públicas e que "em política não vale tudo".

"A declaração da coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Mariana Mortágua, acusando-me de ser detentora de empresas imobiliárias é mentira e o seu âmbito constitui uma falsidade atentatória do meu bom nome", destacou Dalila Rodrigues, numa nota divulgada pelo Ministério da Cultura.

Dalila Rodrigues sublinhou que "à data da tomada de posse não era titular de qualquer participação social em qualquer sociedade comercial".

"Tive no passado participação societária numa sociedade cujo objeto social é a prestação de serviços na área de arquitetura. Todavia, antes da tomada de posse, procedi à cedência da quota, facto que foi devidamente inscrito no registo comercial", frisou.

A responsável pela Cultura apontou também que "a comunicação no site publicacoes.mj.pt não é obrigatória para cessão de quotas. Por outro lado, a publicação no referido site é de competência oficiosa das conservatórias".

"Desminto, pois, categoricamente, ter qualquer participação em qualquer sociedade comercial. A minha vida profissional e as minhas fontes de rendimentos são públicas. Em política não vale tudo", concluiu.

A coordenadora do BE, Mariana Mortágua, avançou hoje que a secretária de Estado da Habitação e outros sete membros do Governo, incluindo a ministra da Cultura, detêm empresas imobiliárias.

Mortágua lembrou ainda o caso do ministro da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, apontando-o como o episódio mais grave do atual executivo.

"O ministro Castro Almeida, quando era autarca e presidente de Câmara, fez adjudicações por ajuste direto a uma empresa que era de um sócio do próprio ministro, o que coloca em causa a idoneidade de um político, de um ministro, para poder ocupar funções executivas", justificou.

O partido indicou ainda que há 20 deputados com participações em empresas imobiliárias - 13 do PSD, quatro do Chega e três do PS - para sublinhar a importância de se escrutinar os interesses de quem legisla.

Mariana Mortágua apelou ao Presidente da República para que vete uma eventual mudança à lei dos solos que venha à sair do processo de apreciação parlamentar do diploma.

"O apelo que fazemos é também ao Presidente da República para que aprenda com os seus erros - parece-me que é isso que quer dizer a sua declaração de hoje - e que vete qualquer alteração à lei dos solos, no sentido de abrir mais as regras, que possa sair da Assembleia da República", disse.

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