25 fev, 2025 - 23:23 • Susana Madureira Martins
O PS está a avaliar se vai insistir e de que modo no pedido de explicações ao primeiro-ministro sobre a empresa da família que criou em 2021. O líder socialista, Pedro Nuno Santos, considera que “a exigência de transparência nunca fez mal a ninguém” e que “os bons na política são exatamente aqueles que não têm medo da transparência e do escrutínio”.
Questionado esta terça-feira se o PS vai usar de algum mecanismo parlamentar para forçar Luís Montenegro a dar mais esclarecimentos, Pedro Nuno Santos respondeu que o partido está “a avaliar” o que é que pode “fazer mais”.
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Questionado se pode vir a recorrer à comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais ou à da Transparência ou até ao Tribunal Constitucional, o líder socialista disse que irá avaliar “se existe outra forma de chegar às respostas” do primeiro-ministro, recusando novamente o recurso a uma comissão parlamentar de inquérito.
Na conferência de imprensa que decorreu esta terça-feira na sede do PS, em Lisboa, Pedro Nuno Santos criticou a posição do presidente da Assembleia da República que defendeu que Portugal corre o risco de “ficar só com políticos sem interesse nenhum”.
PS
O líder do PS defende que Portugal deve estar "dis(...)
"As pessoas, quando vêm para funções públicas, têm de estar disponíveis ao escrutínio”, disse o líder do PS, referindo a sua própria experiência como ministro. “Tive muitas perguntas desagradáveis às quais tive de responder”, disse.
Pedro Nuno Santos responde que não vai “fazer de conta que quando se está a exigir transparência e respostas, se está a criar uma dificuldade a quem vem para a política”, acrescentando que não partilha “nada dessa ideia de que se está a exagerar no pedido de transparência que está a ser feito”.
Pedro Nuno Santos recusa ainda a existência de uma alegada conspiração de interesses imobiliários contra a lei dos solos, relatada esta segunda-feira pelo jornal Observador. O secretário-geral do PS diz que “é suficientemente grave para que um Governo sinta a necessidade ou de confirmar ou desmentir”.
“Acho absurdo o que está ali”, diz o líder do PS, que acrescenta: “Pelo amor de Deus, ainda não vi ninguém do setor imobiliário contra as alterações à lei dos solos”, considerando a argumentação “ridícula”, pedindo ao executivo que, por uma questão de “transparência, confirme ou desminta aquela notícia”.