03 mar, 2025 - 10:35 • André Rodrigues , Olímpia Mairos
Augusto Santos Silva desdramatiza a ausência de Portugal no encontro de líderes europeus, em Londres, sobre a Ucrânia, sublinhando que o país fez-se representar através da União Europeia.
“Portugal esteve presente porque esteve presente a União Europeia, aliás através também do presidente do Conselho Europeu que é um português, e, portanto, todos os 27 Estados-membros estiveram representados na reunião de Londres”, diz Santos Silva.
Em declarações à Renascença, o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros e da Defesa, sublinha que a situação geopolítica de Portugal, geograficamente distante de Moscovo, garante algum conforto ao país.
“Não deixa de ser um indicador do relativo conforto que nós vivemos do ponto de vista geopolítico porque estamos muito distantes dessa vizinhança”, destaca.
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O antigo presidente do Parlamento diz ainda que o nosso país tem uma relação equilibrada com a Rússia que pode ser importante num futuro diálogo para a paz na Ucrânia.
“Portugal pode acrescentar valor próprio quando nós passarmos à fase, julgo que vai ser inevitável passarmos, à fase de um diálogo político e diplomático com a Federação Russa, porque aí Portugal tem uma relação muito equilibrada tradicionalmente com a Rússia”, destaca.
“Uma das nossas melhores embaixadoras é a nossa embaixadora em Moscovo e, portanto, aí creio que podemos acrescentar alguma coisa”, conclui.
Chefes de Estado e de Governo internacionais reuniram-se este domingo em Londres para procurar uma saída para a crise diplomática resultante da desavença entre o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e o homólogo norte-americano, Donald Trump.
Para além do Reino Unido, estiveram representados a Ucrânia, França, Alemanha, Itália, Países Baixos, Espanha, Noruega, Canadá, Finlândia, Suécia, Dinamarca, República Checa, Polónia, Roménia.