03 mar, 2025 - 09:44 • André Rodrigues , Olímpia Mairos
O Partido Socialista está dividido quanto a uma eventual moção de censura ao Governo.
À Renascença, Augusto Santos Silva - antigo ministro e ex-presidente da Assembleia da República - manifestou discordância em relação a Francisco Assis.
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Este fim de semana, o eurodeputado socialista desafiou o PS a apresentar uma moção de censura, caso o Governo não avance com uma moção de confiança, defendendo que “qualquer meio-termo significará a opção pelo pântano fétido”.
Numa publicação na rede social Facebook, Francisco(...)
Augusto Santos Silva diz que a moção de censura não é solução.
“Não estou de acordo com o meu camarada Francisco Assis porque o país precisa de estabilidade e o PS, é neste momento, o grande referencial de estabilidade”, argumenta.
Segundo Santos Silva, “nós estamos em circunstâncias geopolíticas internacionais muitíssimo delicadas e um dos ativos principais que Portugal tem é a solidez do seu regime democrático”.
O antigo presidente da Assembleia da República diz-se, por isso, “bastante contente” sempre que vê o seu partido, “sacrificar até os seus interesses para ser o referencial de estabilidade”, que na sua opinião “o PSD e o Governo também deveriam ser, mas infelizmente não estão sendo”.
Augusto Santos Silva, antigo ministro e ex-presidente da Assembleia da República defende assim a estratégia de Pedro Nuno Santos que já disse que não irá viabilizar uma moção de censura ao Governo, na sequência da polémica envolvendo a empresa familiar de Luís Montenegro.
Líder do Partido Socialista acusou Montenegro de t(...)
Já em relação à ausência de Portugal no encontro de líderes europeus, em Londres, sobre a Ucrânia, Augusto Santos Silva desdramatiza, sublinhando que o nosso país se fez representar via União Europeia.
“Em primeiro lugar Portugal esteve presente porque esteve presente a União Europeia, aliás através também do presidente do Conselho Europeu que é um português, e, portanto, todos os 27 Estados-membros estiveram representados na reunião de Londres. Em segundo lugar porque não deixa de ser um indicador do relativo conforto que nós vivemos do ponto de vista geopolítico porque estamos muito distantes dessa vizinhança”, destaca.