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Mariana Mortágua diz que Portugal já não tem primeiro-ministro porque "perdeu a sua legitimidade"

09 mar, 2025 - 16:18 • Lusa

Antes de abordar o cenário regional, a líder bloquista analisou a atual crise política nacional, com debate na próxima terça-feira de uma moção de confiança apresentada pelo Governo minoritário PSD/CDS-PP, que tem chumbo anunciado, já que PS e Chega não a viabilizarão.

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A coordenadora do BE, Mariana Mortágua, disse este domingo que o país já não tem primeiro-ministro, afirmando que Luís Montenegro escolheu a sua empresa e os seus interesses e perdeu a legitimidade.

"A notícia que vos trago do continente é que já não temos primeiro-ministro. Temos um político a lutar pela sua sobrevivência, temos um político a lutar pelo poder político", afirmou Mariana Mortágua, considerando que o PSD nacional, tal como na Madeira, "governa para os interesses imobiliários e contra o povo".

Mariana Mortágua falava para dezenas de militantes e apoiantes da candidatura do Bloco de Esquerda às eleições antecipadas de 23 de março na Madeira, encabeçada por Roberto Almada, no decurso de um almoço-comício no concelho de Câmara de Lobos, no primeiro dia da campanha oficial.

Antes de abordar o cenário regional, a líder bloquista analisou a atual crise política nacional, com debate na próxima terça-feira de uma moção de confiança apresentada pelo Governo minoritário PSD/CDS-PP, que tem chumbo anunciado, já que PS e Chega não a viabilizarão.

A crise política teve início em fevereiro com a publicação de uma notícia, pelo Correio da Manhã, sobre a empresa familiar de Luís Montenegro, Spinumviva, detida à altura pelos filhos e pela mulher, com quem é casado em comunhão de adquiridos, - e que passou esta semana apenas para os filhos de ambos - levantando dúvidas sobre o cumprimento do regime de incompatibilidades e impedimentos dos titulares de cargos públicos e políticos.

"Nós já não temos um primeiro-ministro, porque esse primeiro-ministro perdeu a sua legitimidade. Ninguém a tirou, ninguém a roubou, ele perdeu-a sozinho e não há mais ninguém, não há mais uma alma que possa ser responsabilizada por isso, que não o próprio primeiro-ministro", disse Mariana Mortágua.

O líder bloquista considera que Luís Montenegro escolheu "a sua empresa e os seus interesses" e não tem condições para continuar a chefiar o executivo, optando pela "vitimização constante" e por uma "fuga para as eleições".

"A moção de confiança é uma escolha do primeiro-ministro para uma fuga para a frente", disse, para logo reforçar: "As eleições são uma escolha do primeiro-ministro para uma fuga para frente e só há uma razão para isso: é que o primeiro-ministro não é primeiro-ministro. Luís Montenegro não é primeiro-ministro, Luís Montenegro é um político a lutar pela sobrevivência e a arrastar o país na sua luta pelo poder."

Marina Mortágua apresentou, depois, as razões que levam o partido a votar contra a moção de confiança, sendo a primeira o facto de não confiarem no primeiro-ministro e a segunda por considerarem que "o Governo olha para o país com os olhos de uma grande empresa".

"Isto não quer dizer que seja crime, mas é errado politicamente", afirmou.

Mariana Mortágua considerou que a governação social-democrata valoriza o lucro e não se preocupa com os aspetos sociais, dando como exemplo o elevado preço das casas, em particular no Funchal.

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  • Menos deputados
    10 mar, 2025 Burgo 12:50
    Em novas Eleições o teu BE vai ficar atrás do PCP, e estes têm menos um deputado que vocês. Precisas de calculadora, ou já decidiste quem despedes - vê lá se despedes alguma "grávida", da última vez deu "barraca"...

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