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Bloco de Esquerda

Fernando Rosas pede fim do “monopólio rotativo” do PS e PSD

08 mai, 2025 - 03:12 • Isabel Pacheco

A eutanásia entra na campanha eleitoral pela mão do Bloco de Esquerda, que, pela primeira vez, faz apelo direto ao voto útil a 18 de maio.

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Foi ao som de música e cenário em tudo semelhantes a um "talk show" que a deputada Bloco de Esquerda (BE) Marisa Matias subiu, na quarta-feira, ao palco no Instituto Português da Juventude, em Leiria, para garantir que, com o BE parlamento, a legislação sobre a morte medicamente assistida é “para regulamentar o mais próximo possível”.

Após o chumbo do Tribunal Constitucional, trata-se de uma das “lutas inacabadas”, completou o antigo deputado bloquista José Manuel Pureza, um dos convidados da noite que marcou a estreia de um novo formato de comício em que a conversa ganha espaço ao lado dos discursos.

A liberdade foi o tema da conversa e pretexto para críticas aos liberais. Os mesmos, apontou Pureza, que “falam da liberdade como se ela fosse uma abstração” e que têm como estratégia “espezinhar a liberdade de quem tem menos poder”.

“A esquerda socialista não pensa assim, não faz assim, não quer assim”, rematou.

Estava feito o aquecimento do comício que haveria de terminar com o apelo de Fernando Rosas ao voto útil no BE. O fundador do partido e cabeça-de-lista por Leiria defendeu que é preciso “acabar com o monopólio rotativo do PS e PSD”, caminho que leva "à não resolução dos problemas mais prementes que inquietam a população”.

Antes, na Marinha Grande, onde ouviu trabalhadores por turnos da indústria vidreira, Mariana Mortágua reconhecia a dificuldade de lutar contra a extrema-direita rejeitando, no entanto, a ideia de uma esquerda enfraquecida.

“A esquerda está com muita energia”, assegurou Mortágua lembrando que “se há quem tenha lutado contra a extrema-direita na história, foi a esquerda, e ganhámos, e deixámos a extrema-direita no balde do lixo da história e é aí que a extrema-direita pertence”.

Ao lado, uma vez mais, estava Fernando Rosas, que, a par de Francisco Louçã e Luis Fazenda, três dos fundadores do partido, regressa à vida política para vestir o fato de candidato à Assembleia da República. Rosas encara usso como "um desafio difícil”, mas possível.

“Lutar contra a corrente foi sempre o propósito da vida do Bloco, é por isso que cá estamos", rematou.

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