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Montenegro defende alterações à lei da greve: "Porque também há o direito a trabalhar e a circular"

08 mai, 2025 - 12:38 • Manuela Pires

O primeiro-ministro considera que a greve da CP é injusta e tem influências político partidárias associadas à campanha eleitoral.

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O primeiro-ministro garante que o direito à greve não está em causa, mas esta quinta-feira durante uma ação de campanha na Figueira da Foz defendeu alterações à lei da greve de forma a conciliar o direito da greve com os efeitos que ela provoca.

"Entre os efeitos da greve, o prejuízo que é causado à vida das pessoas e à vida do país e a discussão laboral que é legítima que se possa fazer, há uma desproporção enorme. E francamente, nós um dia vamos ter que pôr cobro a isto", defendeu Luís Montenegro.

O primeiro-ministro foi questionado pelos jornalistas sobre que alterações irá propor na lei, mas não quis entrar em pormenores dizendo apenas que é necessário conciliar o direito dos trabalhadores com outros direitos constitucionais.

"Nós temos de ter um mecanismo que garanta que o efeito da greve, eu não estou a pôr em causa o direito à greve. O que eu quero dizer é que nós temos de ter na lei mecanismos que permitam uma conciliação entre o direito à greve e os outros direitos. O primeiro-ministro não adianta, se é necessário, rever a Constituição, mas diz que um direito não se pode sobrepor a outros", disse.

Perante a inistência dos jornalistas e questionado pela Renascença sobre a consequência da greve, que são os seus efeitos, Montenegro disse que "também há o direito a trabalhar, também há o direito a circular, também há o direito de nós todos termos tranquilidade na nossa vida".

Declarações de Luís Montenegro a propósito da greve da CP que considera injusta. Uma greve que diz o primeiro-ministro tem influências políticas e partidárias associadas à campanha eleitoral.

"Claramente, as influências políticas e partidárias e eleitorais acabaram por não evitar aquilo que era o desfecho normal de um processo negocial", disse.

Questionado pela Renascença sobre se greve na CP é política e serve para prejudicar o Governo em campamnha eleitoral, Luís Montenergo reconhece que há motivos políticos.

"Houve de facto critérios de natureza política ou partidária, eventualmente ligados a este contexto eleitoral, que acabaram por não ser, ou por ser, preponderantes para a greve ter proseguido", assinalou.

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