08 mai, 2025 - 18:04 • Cristina Nascimento
Paulo Raimundo recusa entrar na polémica sobre a eventual alteração à lei da greve. A hipótese de mudar a legislação foi admitida por Luís Montenegro, a propósito da greve na CP que está em curso.
O secretário-geral do PCP diz que está nas mãos do Governo acabar com a paralisação e que esta é mais uma estratégia da AD para marcar a campanha.
“O objetivo do Luís Montenegro é que agora passe aqui a comentar ‘ai, ai, ai, que ele vai atacar o direito à greve’. Ora, não é isso que a gente precisa agora. Isso é conversa para a gente se distrair”, diz, em declarações aos jornalistas à margem de uma iniciativa de campanha da CDU, em Beja.
Raimundo acrescenta que o que “é preciso é que o Luís Montenegro e Pinto Luz [ministro das Infraestruturas] assumam as suas responsabilidades e resolvam isto uma vez por todas”.
Paulo Raimundo assegura que “está nas mãos do Governo” travar a paralisação.
Raimundo não dá crédito ao argumento apresentado pelo Governo que não pode assinar um acordo com os trabalhadores porque o está em gestão.
“Não pode assinar contratos entre a CP e os trabalhadores, mas pode assinar contrato de dívida para todos nós, para contrair quatro mil milhões de euros para a guerra e para o armamento? Digam lá se isto não é uma casca de banana”, questiona.