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Legislativas 2025

⏱️ A campanha em 37 segundos. A geringonça desceu com ginjinha ao sexto dia

09 mai, 2025 - 22:22 • Ana Kotowicz

O papão que mete medo a Montenegro tem nome e chama-se geringonça. Sem sondagens que mostrem vitória segura, o líder do PSD pede mobilização nos votos na AD. Enquanto isso, a comunidade cigana não desiste e vai seguindo o Chega país fora. Ao terceiro dia de esperas, Ventura já não esconde a irritação. E se Marcelo quer ter certezas de que o Governo empossado não cai na Assembleia, os partidos vão mostrando que garantias têm de estabilidade.

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Aconteceu nas últimas horas de campanha:
  • Fast forward. "Para não acordarem, como aconteceu há 10 anos, com um governo diferente daquele que queriam", Luís Montenegro apelou ao voto na AD. E assim a geringonça vestiu-se de papão, num dia em que as sondagens estão longe de dar uma vitória clara à AD (e muito menos uma maioria absoluta). Já a relação com a IL continua a ser de toque e foge: à boleia da habitação, Montenegro lançou a farpa. "É aqui que não somos liberais."
  • No distrito de Aveiro, Rui Rocha vestiu o avental para fazer ovos moles. E repetiu a mensagem de quem acredita ter equipa para governar: disse ter as pessoas, os ingredientes e a visão certa para o país, mas precisa de um fogão maior (leia-se mais votos) para a sua receita. Mais tarde, disse já saber que o líder do PSD não é um liberal e garantiu que "não será pela IL que há instabilidade no país".
  • Enquanto a IL se posiciona para dar a mão a um Governo da AD, o Chega parece querer vingar-se do "não é não" do passado. “Era fácil para mim estar contente com 20%, não estou”, disse André Ventura referindo-se às sondagens. “Peço ao partido que não comece a festejar e a lançar foguetes porque temos de ganhar, não de ficar em terceiro.” O objetivo é ter mais votos que o PSD e obrigar a direita a reconfigurar-se. "Se houver muletas serão outros, não nós."
  • Pedro Nuno Santos, que ouviu Marcelo dizer que quer dar posse a um Governo que passe no teste do Parlamento, alertou para "o perigo" de uma coligação AD/IL que pode "destruir o estado social" em Portugal. Em entrevista à Renascença, mostrou-se disponível para entendimentos com a AD e não descarta ainda conseguir uma maioria absoluta do PS, mesmo quando as sondagens o mantêm em segundo lugar.
  • Mariana Mortágua esteve no bairro do Aldoar, no Porto, a visitar quem vive ora sem luz ora sem água e insistiu na importância de taxar as grandes fortunas, no dia em que Francisco Louçã andou a fazer campanha. Já Paulo Raimundo foi à fábrica da Exide alertar para os problemas dos operários e prometeu apontar objetivos concretos para a campanha na segunda-feira. Mais uma vez, o líder do PCP disse ser contra aumentos de investimento na defesa.
  • Rui Tavares dedicou o dia ao ensino superior e quer as consignações do IRS e IRC a contribuir para o investimento no setor. Sobre cenários pós-eleitorais, defendeu que as legislativas "não são a Super Liga" e importa quem "forma um Governo estável" e não quem fica em primeiro lugar. Inês Sousa Real — que defendeu baixas médicas pagas a 100% para casos de cancro — aconselhou Marcelo a ficar em silêncio em vez de "apelar ao voto no PSD indiretamente".

🔥 Enquanto isso, na estrada:

  • Foi com um capote, a lembrar a samarra de António Costa, que Pedro Nuno Santos foi recebido na Guarda. Vestiu-o rapidamente e na Tasquinha cumpriu a tradição: bebeu três ginjinhas e comeu um ovo verde.
  • Pelo terceiro dia consecutivo, a comunidade cigana esperava a comitiva de André Ventura. Desta vez, em Viana do Castelo, a polícia, fardada e à paisana, teve de intervir. “Não têm mais nada para fazer do que vir para aqui a toda a hora? Não têm trabalho para fazer. Vão-se embora, não venham atrás de mim pelo país todo”, gritou Ventura.

🔎Quer mais detalhes? Veja o nosso minuto a minuto ou leia tudo sobre a campanha eleitoral.

    🚨 E se só tiver tempo para ler uma coisa... Leia a entrevista da jornalista Susana Madureira Martins ao secretário-geral do PS. Pedro Nuno Santos defende que "o bloco central é uma solução má para a democracia em Portugal", mas diz estar disponível para dialogar com PSD.

    ⚠️Se lhe passou despercebido... Há 4.765 candidatos, de 20 partidos diferentes, à espera de se serem deputados. A jornalista Salomé Esteves, com a ajuda de um mapa interativo, diz-lhe em quem estará realmente a votar no seu círculo eleitoral.


    📌OS NOSSOS DESTAQUES

  • Interativo. Conheça os 4.765 candidatos à Assembleia da República
  • Entrevista Renascença. Pedro Nuno Santos disponível para dialogar com PSD, mas não exclui maioria absoluta para o PS
  • Maior sondagem deste ano mostra PS a aproximar-se da AD
  • AD e PS separados por apenas 0,2 pontos em sondagem da Aximage
  • Rocha tenta fugir à campanha "isolada". IL não parte um ovo, mas quer estar no Governo
  • Mais reconhecido, atrevido e ambicioso. Livre luta por si e por uma viragem à esquerda
  • Bloco de Esquerda. O desafio de reerguer um partido
  • PS sem tração, a lutar contra as sondagens e à espera da viragem a Norte
  • Montenegro recusa dizer se viabiliza um Governo caso o PS tenha mais votos
  • Foto do dia. Ventura recebido com protestos da comunidade cigana (outra vez)

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