09 mai, 2025 - 23:12 • Cristina Nascimento
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Em março de 2024, Paulo Raimundo terminava a campanha para as legislativas afirmando que “se houvesse mais duas semanas de campanha isto piava de outra maneira”. Essas duas semanas mais surgiram agora.
O cabeça de lista da coligação CDU fez-se à estrada com energia e bem-disposto. Esta primeira semana não teve a companhia dos antigos secretários-gerais do PCP, mas previsivelmente entram na próxima semana. É o calendário da campanha e não uma qualquer falta de sintonia no partido.
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Aliás, o secretário-geral do PCP faz questão de seguir com tradições comunistas, que ficaram bem visíveis nesta primeira semana. Por exemplo, foi a duas aldeias por onde passam sempre os secretários-gerais do partido. Foi ao Couço, terra emblemática comunista no Ribatejo, e fez muitos quilómetros para ir à aldeia de Avões, em Lamego, onde há poucos eleitores, mas, os que há, são em grande percentagem fiéis votantes CDU.
O secretário-geral do PCP revela-se também otimista. Por onde passa pede, claro, mais votos na CDU, admite que a votação alcançada no ano passado não foi suficiente e garante que este ano vai ser melhor.
Acredita, por exemplo, que vai ser possível eleger três deputados por Setúbal (onde, no ano passado, elegeram um), reforçar Lisboa ou Porto ou até recuperar o deputado de Beja ou Faro. Ainda assim, "prognósticos", só no arranque da segunda semana de campanha.
Com uma média de duas, três iniciativas de por dia, a necessidade aumentar salários e pensões tem sido o principal assunto de campanha. Diz Raimundo que é o passo mais urgente no interesse “da vida das pessoas”.
O líder do PCP não se escusa a nenhuma pergunta dos jornalistas, mas nas respostas procura não alimentar polémicas que, na opinião de Raimundo, não é o mais importante.
Nem mesmo quando estava em causa a lei da greve, que Montenegro admite precisa ser alterada, Raimundo disse que era “uma casca de banana” que na qual evitou escorregar.