11 mai, 2025 - 01:05 • Tomás Anjinho Chagas
A uma semana de terminar a campanha eleitoral, André Ventura mostra-se convencido que vai vencer as eleições de 18 de maio e promete uma "revolução democrática" para o país.
Durante o maior discurso que fez na campanha, este sábado à noite, num jantar-comício em Viseu, o líder do Chega acredita que Portugal está a entrar num momento "histórico" que precisa de uma mudança brusca.
"Há momentos na história dos países em que é mesmo precisa uma revolução. Uma revolução democrática, de liberdade, mas uma revolução", começou por introduzir.
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André Ventura tem pedido constantemente a vitória nas legislativas do próximo domingo, e se acontecer, faz uma previsão das notícias quando sair o resultado: "Quero que no dia 18 haja notícia no mundo inteiro que Portugal teve uma revolução democrática", disse perante as 300 pessoas presentes na sala.
Legislativas 2025
Durante anos, o Chega aproveitou os problemas de i(...)
Para isso, começou por pedir a todos que despertem "o maior leão" que há dentro dos eleitores. Durante algum tempo manteve a linha de raciocínio, mas logo se apercebeu que a metáfora podia ser lida como um símbolo futebolístico, de alusão ao Sporting, e corrigiu o tiro para evitar danos eleitorais.
"Estou agora a lembrar-me que o leão talvez hoje não seja a melhor discussão", assumiu, rindo-se. O jantar foi logo a seguir ao derby escaldante entre Sporting e Benfica, que terminou empatado e adiou por uma semana todas as decisões.
Por isso, abriu o leque de opções: "Também pode ser a águia dentro de cada um de nós. Seja como for, seja a águia, o leão ou o dragão", endireitou Ventura. Assim, agradou a gregos e troianos.
O líder do Chega não só ambiciona a vitória - mesmo que as sondagens não soprem a seu favor - como já projeta um estilo de liderança de um eventual Governo. Ventura assume que será "autoritário" em alguns aspetos.
"Alguns perguntam também: 'Será que vai ser autoritário? Tem pinta de autoritário'. Nalguns casos vou, e também não quero que vão ao engano. Se querem votar em mariquinhas, não votem em mim", afirma o líder do Chega.
Sem ser muito claro que casos são esses, André Ventura fala em pessoas que estão "à volta do Estado" e que não vão sair "voluntariamente" ou "largar o tacho". Depois disso, o líder do partido abordou um dos temas caros do partido: o combate à criminalidade.
André Ventura promete "mão pesada do Estado sob a bandidagem em Portugal", referindo-se aos crimes violentos ou aos crimes de colarinho branco.