14 mai, 2025 - 19:58 • Isabel Pacheco
Pela primeira vez, o assunto Spinumviva entra na campanha do Bloco de Esquerda, com Mariana Mortágua a lembrar aos portugueses que a escolha nas eleições legislativas de domingo é entre uma direita “pouco transparente” e “enredada em casos” ou no Bloco como alternativa à esquerda.
Em Santa Maria da Feira, Mariana Mortágua explicou que os eleitores têm várias opções. “Há de um lado uma campanha da direita da AD que se recusa a falar de quem trabalha, que está enredada em casos, que não responde com transparência pelas responsabilidades que tem na gestão do país. E há, por outro lado, o Bloco de Esquerda que insiste em fazer desta campanha a campanha de quem trabalha”, argumentou.
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A coordenadora do Bloco reagia à notícia avançada, esta quarta-feira pelo jornal "Correio da Manhã", de que, ao contrário do prometido, Luís Montenegro não alterou a morada fiscal da empresa da família. “Nada de novo”, apontou Mortágua.
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“Não existe Spinumviva para além de Luís Montenegro, era um homem que, quando era primeiro-ministro, recebeu avenças de uma empresa na sua esfera pessoal, sabendo que não as podia receber. E este é o facto que deve ser lembrado a todas as pessoas que ponderam neste momento votar na AD”, sublinhou.
Sobre uma eventual comissão parlamentar de inquérito a Luis Montenegro caso volte a ser primeiro-ministro, tal como pede o Livre, Mortágua não esclarece. A líder bloquista não quer reduzir a campanha ao assunto. Um tema que “nada diz” aos portugueses, sublinha.
"Defendemos desde o início que Montenegro tem de dar todas as explicações ao país, mas também defendemos que, uma vez em eleições, não podemos resumir uma campanha eleitoral ou caso Spinumviva”, explicou. “Isso não é respeitar as pessoas, não é respeitar o povo português", frisou.
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“Quem está em casa a olhar para a televisão e não compreende nada do que se está a passar, porque isto não lhes diz nada. Não diz nada sobre a sua vida”, rematou Mariana Mortágua.
E se não se quis alongar no comentário ao caso da Spinumviva, também as presidenciais, com o anúncio desta quarta-feira da candidatura de Gouveia e Melo, em entrevista à Renascença, não mereceram uma reação de Mariana Mortágua que disse preferir “focar-se nas legislativas”.
“É sobre as propostas do Bloco, sobre as pessoas que sofrem em Portugal e que não compreendem uma campanha que não fala delas”, rematou.