18 mai, 2025 - 20:20 • Carlos Calaveiras , Ricardo Vieira , Cristina Nascimento , Fábio Monteiro , Vasco Bertrand Franco
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O partidos já começaram a reagir às projeções das televisões que apontam para uma vitória da coligação AD e o Chega a disputar o segundo lugar com o PS.
Numa reação aos resultados das projeções das televisões, Hugo Soares, da AD, afirma que os portugueses votaram e deram um triunfo reforçado à coligação PSD/CDS
"A AD teve vitória eleitoral reforçadíssima, o país reforçou confiança no Governo e no chefe do Governo, em Luís Montenegro", declarou Hugo Soares.
Para o porta-voz da AD, as projeções dão conta de uma "diferença face ao PS que parece bastante substantiva, o que significa que os portugueses tiveram uma firme convicção: avaliaram o Governo de forma absolutamente positiva, mantém a confiança em Montenegro e escolheram a AD para continuar a governar os destinos de Portugal”.
O presidente do Chega, André Ventura, afirma que as eleições deste domingo ditaram o "fim do sistema" em vigor desde o 25 de Abril.
“É o fim do sistema que temos, da forma como organizámos o sistema desde o 25 de Abril. O país conseguiu mudar e desamarrar-se de 50 anos disto”, declarou à chegada ao quartel-general do Chega.
André Ventura afirma que este é um "grande dia" para si e para o Chega, que alcança "um grande resultado”, a confirmarem-se as projeções.
“Vamos lutar para que haja estabilidade e um Governo digno em Portugal”, sublinhou.
Antes, o líder parlamentar do Chega, Pedro Pinto, disse não ter dúvidas: as projeções apontam para um “resultado histórico”, que deixa “o sistema a tremer”.
“Ainda não sabemos se vamos ser segundos ou terceiros, mas sabemos que o sistema já está a tremer”, disse o dirigente do Chega.
Segundo Pedro Pinto, “o povo votou”, está “quebrado o bipartidarismo”, e o Chega “é a grande alternativa de governo em Portugal”.
“Aconteça o que acontecer, o Chega é essencial à estabilidade no país”.
“Queremos estabilidade e hoje deram-nos grande resultado nesta noite”, acrescentou. “Este dia vai ficar para a história de Portugal”.
O Livre reagiu com contenção aos primeiros resultados eleitorais divulgados esta noite, manifestando-se simultaneamente agradecido pelo apoio recebido e preocupado com o panorama político emergente.
“Nós sabemos que um país não cresce, um país não é um país bom quando o ódio se instala”, afirmou a líder parlamentar do Livre.
As projeções indicam que o partido poderá eleger entre três a dez deputados, o que representa um crescimento assinalável face ao resultado anterior.
Questionada sobre essa evolução, Isabel Mendes Lopes referiu que os números estão “em linha com os objetivos que o Livre traçou para estas eleições”.
“Queríamos crescer, chegar a mais pessoas e a mais distritos, e isso deixa-nos satisfeitos”, disse a porta-voz, sublinhando ainda o objetivo estratégico de o Livre se afirmar como “o quarto partido do país.”
João Oliveira, da CDU, considera que as projeções das eleições legislativas deste domingo representam uma “alteração de sentido negativo da Assembleia da República”.
As projeções para a CDU são de "uma resistência", um resultado que "resiste apesar de todos os maus augúrios e prenúncios", afirma o eurodeputado do PCP.
A "Assembleia da República fica mais distante do que é necessário para defender os trabalhadores", lamenta João Oliveira, mas a CDU resiste e assegura que os deputados da coligação vão garantir a defesa daquilo que "interessa na vida das pessoas".
Jorge Costa, do Bloco de Esquerda, admite um "cenário difícil" e afirma que o partido vai continuar a estar ao lado dos portugueses, com mais ou menos deputados no Parlamento.
"Vamos estar porta a porta, olhos nos olhos, que é como o Bloco vai continuar a intervir neste cenário difícil", declarou Jorge Costa, numa curta declaração na sede do BE, em Lisboa.
“Vamos esperar pelos resultados finais, a Mariana Mortágua virá falar quando os conhecemos", referiu o porta-voz bloquista.
Pelo PAN, António Morgado Valente, número dois por Lisboa, não quer precipitações, após conhecidas as projeções de resultados.
O membro da comissão política do partido Pessoas Animais Natureza mantém a “confiança” na eleição de deputados.
António Morgado Valente reafirma, entretanto, que “não deveríamos ter ido a eleições”.
De recordar que as projeções têm em dúvida a eleição de deputados por parte do PAN, apesar de Inês Sousa Real ter admitido a vontade de voltar a ter um grupo parlamentar.