18 mai, 2025 - 23:43 • Eduardo Soares da Silva , João Pedro Quesado (infografia)
Paulo Raimundo, secretário-geral da CDU, lamenta que os resultados nas eleições legislativas não tenhe "refletido o apoio que a campanha mostrou" e diz que é "tempo de assumir o caminho da resistência".
O líder dos comunistas tinha afirmado que "tudo indicava" que a CDU iria manter os quatro deputados, mas acabou por ver reduzido o seu grupo parlamentar para apenas três elementos.
"Afirmamos a CDU como uma força de coragem e de confiança. Saudamos todos os que votaram na CDU, principalmente os que o fizeram pela primeira vez. O resultado da CDU, marcando resistência num quadro exigente face a múltiplos vaticínios, não reflete a expressão de apoio que a campanha mostrou e que o país exigia", começou por dizer.
Raimundo diz que o resultado "é inseparável de vários fatores, como a falsificação e preconceito com a CDU".
"Cada voto na CDU é um voto de comprmisso, podem contar com a nossa intervenção para darmos resposta nos salários, na habitação, na educação, direitos das crianças, no ambiente, no fim da guerra e na solidariedade com a Palestina", garante.
O líder dos comunistas diz que a CDU vai "defender a democracia, a constituição e a paz" e, numa leitura dos resultados gerais, com um crescimento da direita, Raimundo fala numa "evolução negativa".
"A Aliança Democrática (AD) instrumentalizou a ideia da estabilidade governativa, uma política que promove a instabilidade e uma vitimização que fomentou, apoiado na falta de credibilidade do PS, que não só não assumiu um caminho distinto da AD, como se mostrou disponível para viabilizar o seu governo", acrescentou.
Raimundo diz que "é o momento de dizer, com coragem, ao que se está e ao que se vai" e, perante o resultados, "não é tempo de conformação ou de entendimento com as direitas, não é tempo de dar a mão à direita, é o tempo de combate à política dos baixos salários, defender os serviços públicos, direito à habitação e contra a promiscuidade e mais favores ao capital".
"É o tempo de democratas e patriotas assumirem o caminho da resistencia e da luta contra o retrocesso e abrir o caminho que o país precisa", concluiu.
A CDU elegeu três deputados: Paulo Raimundo pelo círculo eleitoral de Lisboa, Alfredo Maia pelo Porto e Paula Santos por Setúbal.