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"Acabou o bipartidarismo", diz Ventura. "O Chega tornou-se o segundo maior partido"

19 mai, 2025 - 00:28 • Daniela Espírito Santo

Líder do Chega aproveita discurso vitorioso para "exigir responsabilidades" das empresas de sondagens.

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"Nada ficará como dantes a partir de hoje". Ventura diz "que eles ainda não viram nada"
"Nada ficará como dantes a partir de hoje". Ventura diz "que eles ainda não viram nada"

"Nada ficará como dantes a partir de hoje". Quem o garante é André Ventura, líder do Chega, no seu discurso este domingo. Numa declaração de vitória perante o melhor resultado conseguido pelo partido na sua curta existência, Ventura vaticinou o fim do "bipartidarismo em Portugal".

"Não sabemos ainda o resultado final destas eleições, mas, com os resultados obtidos até ao momento, podemos assegurar ao país algo que não acontecia desde 25 de abril de 1975: o Chega tornou-se nestas eleições o segundo maior partido", assegura. "Fizemos o que nenhum partido tinha feito em Portugal. Podemos declarar oficialmente, perante o país todo, que acabou o bipartidarismo em Portugal".

"Eles ainda não viram nada"

Não satisfeito, garante que o partido já fez "o que nunca tinha sido feito", mas ainda não fez tudo. "Não vencemos estas eleições, mas fizemos História. Nada ficará como dantes em Portugal a partir de hoje", assegura, deixando um recado a quem tem "uma azia muito grande" perante os resultados do Chega: "Eles ainda não viram nada".

"Não vamos atrás de ninguém, mas vamos exigir contas a todos e a todos os poderes em Portugal que nos últimos anos nos destruíram", ameaça, num discurso em que começou por criticar as empresas de sondagens.

"Acabou o bipartidarismo", diz Ventura. Veja o discurso completo
"Acabou o bipartidarismo", diz Ventura. Veja o discurso completo

"É hora de as empresas de sondagens tirarem consequências. Condicionaram a democracia. Foram chamadas à atenção e mantiveram. É hora de exigir responsabilidades", diz.

Usando a expressão "ajuste de contas" repetidamente, Ventura admite que, este domingo, foi feito "um grande ajuste de contas". "Hoje ajustamos as contas com a História. Não vamos voltar atrás na História, mas podem sentir orgulho com o grande ajuste de contas que hoje foi feito", repete, individualizando. "O Chega superou o partido de Mário Soares, matou o partido de Álvaro Cunhal, varreu do mapa o Bloco de Esquerda", salientou, perante gritos dos apoiantes, que diziam "Chora, Pedro".

"Não conseguiremos a transformação que precisamos enquanto não liderarmos o Governo"

"Amanhã o país acorda para um novo ciclo político e um novo momento da sua História", assevera, deixando mais um recado: "A mama vai mesmo acabar".

Num longo discurso em que atribuiu o resultado obtido esta noite a um "grito de revolta muito grande do povo português", André Ventura fez um "último apelo" para fazer ainda mais História.

"Aos que se sentem traídos por este sistema, dizemos que estamos quase lá. Estamos quase a atingir o ponto em que podemos, finalmente, governar Portugal. Acreditem nisso. Não conseguiremos a transformação que precisamos enquanto não liderarmos o Governo", adianta, sem levantar o véu sobre os próximos passos, mas assumindo-se como "líderes da oposição em Portugal".

"Teremos muitos dias para falar de Governo", diz. Afinal de contas, esta é a noite da "grande vitória do Chega". A noite em que, enquanto se dirigia para o palco, dizia aos jornalistas: "Eu agora vou falar e vocês vão ouvir. Hoje é o meu momento".

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