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Legislativas 2025

Dar a mão à AD? "PS deve pensar no país antes de si mesmo"

19 mai, 2025 - 01:33 • Eduardo Soares da Silva , Carlos Calaveiras

Os resultados das eleições deste domingo foram alvo de escrutínio de Diogo Feio, Henrique Monteiro e Álvaro Beleza, numa emissão especial de acompanhamento da noite eleitoral, na Renascença.

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O socialista Álvaro Beleza defende que o PS deve "pensar no país antes de si mesmo", depois da vitória da AD sem maioria absoluta nas legislativas deste domingo.

Preocupado com a questão da governabilidade, Álvaro Beleza alerta que "estamos no mesmo problema", apesar de a AD ter conquistado mais nove deputados.

"Não há uma maioria AD com IL. Há três soluções: ou o PS tem uma postura, como eu defendi, de diálogo com a AD de viabilização dos orçamentos, ou a AD vai ter de se virar para o Chega, ou vai forçar novas eleições. Ou dança com PS, com Chega, ou provoca eleições. Como acho que não devemos andar a brincar às eleições, acho que o partido é maior que nós e o país é maior que o partido. PS deve pensar no país antes de si mesmo", referiu o socialista.

Álvaro Beleza garante que António José Seguro vai ser candidato a Belém e que terá apoio de José Luís Carneiro, se este for o novo líder do PS.

“O António José Seguro será candidato [presidencial] e – hoje fica claro – é o que tem mais condições para passar à segunda volta e ganhar as eleições. É alguém do PS que não tem nada a ver com os últimos anos, é alguém do centro-esquerda, moderado, social-democrata”, referiu.

Beleza lembra que Seguro e Carneiro "são amigos têm cumplicidades antigas, têm o mesmo pensamento" e acrescenta que a própria AD ficaria “absolutamente confortável”. “Há que haver juízo e adultos na sala”.

A "tarefa simples" de Montenegro

Já o ex-deputado do CDS, Diogo Feio, acredita que o Luís Montenegro tem uma "tarefa simples": "Tem de formar Governo, apresentar ideias e governar".

Sobre as oposições, Feio, na emissão especial da Renascença, considera que "o Chega terá de tomar posição sobre futuro Governo, nós temos uma circunstância em que qualquer Governo tem de durar, no mínimo, mais um ano".

"Estou convencido, olhando para o PS, que vai precisar de muito tempo para se recompor. Se fosse do PS, o que queria em último lugar era um vislumbre de instabilidade, ou cenas como a eleição do último presidente da Assembleia da República, meses a discutir um ponto do IRC. É preciso estabilidade à séria", afirma.

Henrique Monteiro vê condições de governabilidade

Por sua vez, o jornalista Henrique Monteiro acredita que "o Governo tem uma forma de governar relativamente simples, como o minoritário de Mário Soares". "A diferença entre primeiro e segundo partido é bastante grande, como foi aí", refere.

"Para qualquer medida passar até agora, o PS tinha que se abster ou então não passava. Havia 91 deputados de esquerda e 77 ou 85 da direita. A direita agora tem muito mais deputados sem o Chega. Agora, o PS mesmo votando contra, as medidas passam quando o Chega se abstiver. Acho que a questão é esta: apresenta-se o que for e, a partir dele, negocia-se com os partidos. Não vale a pena pensar em coligações, não vai existir", prevê o comentador Renascença.

Monteiro considera ainda que o Governo vai durar os quatro anos da legislatura.

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