19 mai, 2025 - 13:25 • Maria João Costa , João Malheiro
Veja também:
Carlos Moedas lamenta que, depois dos resultados das eleições deste domingo, o discurso do atual líder do PS tenha tido "algum revanchismo".
Na apresentação da Arco, em Lisboa, o autarca apela a um diálogo "feito nos dois sentidos" entre Governo e oposição e lamenta que o discurso de Pedro Nuno Santos não tenha sido nesse sentido, o que é "preocupante".
"Não devemos esperar diálogo só do Governo com a oposição, mas também um diálogo franco da oposição com o Governo", aponta.
Para Carlos Moedas, "os portugueses votaram neste programa da AD e reforçaram essa maioria. As pessoas estão cansadas de eleições e política e querem estabilidade".
Já esta segunda-feira, o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, diz que a estabilidade passa pelo diálogo da AD com todos, mas exclui qualquer acordo formal de governação com o Chega.
Em declarações na última hora à Renascença, Leitão Amaro faz um apelo ao que diz ser a responsabilidade de todos para garantir um cenário político estável e não afasta ninguém do diálogo.
A AD venceu as eleições legislativas de domingo, com 89 deputados, enquanto PS e Chega empataram no número de eleitos para o parlamento, com 58 cada.
A Iniciativa Liberal continua a ser a quarta força política, com mais um deputado (9) do que em 2024, e o quinto lugar é do Livre, que passou de quatro a seis eleitos.
A CDU perdeu um eleito e ficou com três parlamentares, enquanto o Bloco de Esquerda está reduzido a uma representante, tal como o PAN, que manteve um deputado.
O JPP, da Madeira, conseguiu eleger um deputado.
Estes resultados não incluem ainda os eleitores residentes no estrangeiro, cuja participação e escolhas serão conhecidas a 28 de maio.