19 mai, 2025 - 22:34 • Fábio Monteiro
Augusto Santos Silva considera que o Partido Socialista deve permitir que o novo governo da AD – Coligação PSD/CDS entre em funções, mesmo sendo minoritário, e afirma que o programa do executivo não deve ser rejeitado no Parlamento.
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Em entrevista ao “Jornal da Noite”, da RTP2, esta segunda-feira, o antigo presidente da Assembleia da República rejeitou a ideia de que a viabilização do executivo de Montenegro representa entregar a liderança da oposição ao Chega. “Mesmo que depois digam, ‘ah, está a entregar a liderança da oposição ao Chega’, isso não tem importância nenhuma”, disse.
Na análise à derrota eleitoral do PS, Santos Silva sublinhou que o partido deve assumir a responsabilidade “com humildade e firmeza” e manter-se fiel aos seus valores fundamentais.
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Um eventual terceiro lugar nas legislativas implic(...)
Considerou também que a perda de representatividade resulta de vários fatores, mas que o “comportamento do eleitorado não é homogéneo”.
Sobre a sucessão de Pedro Nuno Santos, o ex-ministro manifestou apoio a José Luís Carneiro, sublinhando a necessidade de uma liderança colegial que una as diferentes correntes internas. Advertiu, contudo, que “um PS fraco e em convulsão não é do interesse de ninguém, a não ser da extrema-direita.”
Questionado sobre a estabilidade política, defendeu que o Presidente da República deve indigitar Luís Montenegro, e que há condições para um governo minoritário cumprir o mandato, contando com apoios pontuais da Iniciativa Liberal.
Santos Silva considerou ainda que a dissolução do Parlamento foi provocada pelo próprio governo e que, apesar da vitória da AD, o resultado não foi expressivo. “Chegar ao fim com 33% de votos, ao fim desta campanha eleitoral de 11 meses consecutivos, é um resultado bastante fraco”, afirmou.