19 mai, 2025 - 18:48 • Anabela Góis
Vitalino Canas defende que o PS deve manter uma atitude responsável, evitar criar instabilidade e permitir que o Governo de Luís Montenegro possa governar em condições de estabilidade.
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Em entrevista à Renascença, o antigo governante socialista considera que o partido deve continuar a agir como fez até à votação da moção de confiança e rejeita a necessidade de um acordo com o Governo.
“As questões de governabilidade não mudaram, são exatamente as mesmas que existiam antes destas eleições”, diz Vitalino Canas, acrescentando que “o Partido Socialista deve ter uma postura responsável de Partido da Estabilidade”.
Na sua opinião, “deve garantir o mínimo de estabilidade governativa durante um prazo razoável, e deve inibir-se de criar instabilidade política”.
Canas considera que a forma de atuação do PS até à moção de confiança era adequada, mesmo sem acordos formais. “O Partido Socialista foi-se comportando de forma a respeitar as suas convicções, procurando cumprir o seu próprio programa e, quando era necessário, criando condições de estabilidade para o Governo”, afirma.
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“O PS estava a agir como deve agir um partido da oposição que quer ser alternativa ao Governo, ou seja, não se coliga com o Governo, nem faz nenhum acordo extensivo mas, nos momentos próprios, permite que o Governo tenha condições para governar”, reforça.
Após a derrota nas últimas legislativas, Vitalino Canas defende que o PS deve fazer uma “reflexão profunda” e regressar ao seu “código genético, à sua linha tradicional combatente pelo centro”, abandonada com a geringonça de António Costa.
Segundo o antigo dirigente, o desvio à esquerda fez o partido “ser visto como tendo feito uma deriva”, o que, “justa ou injustamente, teve impacto na leitura que o eleitorado faz do Partido Socialista”.
Com as eleições autárquicas a aproximarem-se, Canas defende urgência na reorganização interna do PS. “O melhor para o PS é um processo rápido de reestruturação da liderança para procurar ter o partido pronto a funcionar por altura do verão”, afirma.
Sobre a sucessão, não quis avançar nomes, mas reconheceu mérito na candidatura de José Luís Carneiro. Ainda assim, admite que possam surgir mais: “Quem estiver disponível deve apresentar-se o mais rapidamente possível”. E conclui que “os candidatos do PS às autárquicas querem um partido organizado e estável”.
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