Ouvir
  • Noticiário das 15h
  • 19 jul, 2025
A+ / A-

Revisão constitucional agora? "É atirar gasolina para o fogo", diz o Livre

21 mai, 2025 - 19:40 • Filipa Ribeiro

Rui Tavares critica a Iniciativa Liberal por querer avançar com a revisão constitucional num momento em que é possível uma maioria entre a direita e extrema-direita. O co-porta voz do Livre pede ao primeiro-ministro que esclareça que "esta não é a legislatura para a revisão da Constituição" e pede "reflexão rápida" à esquerda, alertando que é necessária uma solução para as autárquicas. Sem definir se o caminho é a coligação, deixou o exemplo da união dos partidos à esquerda em França.

A+ / A-

O co-porta voz do Livre, Rui Tavares, considera que rever a Constituição com a composição do novo Parlamento eleito é "atirar gasolina para o fogo". O deputado lembra que com os novos deputados eleitos "é possível fazer uma maioria constitucional apenas com a direita e a extrema-direita, ao contrário de qualquer revisão constitucional já feita com forças de centro-direita e centro-esquerda".

Depois de ter estado reunido durante uma hora com o Presidente da República, Rui Tavares, acompanhado por mais três deputados do partido, defendeu que "seria importante que Luís Montenegro desse sinais de que esta legislatura não é uma legislatura para se fazer revisões constitucionais".

Já segue a Informação da Renascença no WhatsApp? É só clicar aqui

O responsável do Livre recorda que no ultimo projeto de revisão constitucional apresentado pela IL, em 2023, o partido de Rui Rocha defendida que "o serviço público de rádio e televisão" deixasse de estar "constitucionalmente protegido". "Já sabia que a Iniciativa Liberal gosta de motosserras, agora sabemos que também gosta de mandar gasolina para o fogo", disse sobre o anúncio de Rui Rocha de que a IL vai avançar com um projeto de revisão constitucional.

Noutro plano, no final da reunião com o chefe de Estado, Rui Tavares deixou um alerta à esquerda. O co-porta voz do Livre realça que a "reflexão (da esquerda) deve ser grande mas não pode ser longa", uma vez que se aproximam as eleições autárquicas.

Rui Tavares avisa que, em setembro, "o país pode acordar numa bela manhã de segunda-feira com o quadro político completamente mudado" com a vitória da extrema-direita em vários concelhos. O representante do Livre recorda que o partido Chega venceu em várias autarquias nestas legislativas principalmente no sul do país.

O co-porta voz do Livre não quis "definir as fórmulas finais" da reflexão da esquerda nem clarificar se o ideal é avançar em coligação para as eleições autárquicas, mas defendeu que a reflexão da esquerda "tem de chegar a bom porto". "Às vezes, a direita é pragmática demais, mas caso a esquerda não seja pragmática de todo, numa bela manhã de setembro acordamos com o mapa político mudado de uma forma que será irreversível em décadas", defendeu.

Continuando sem afirmar se quer ou não a coligação à esquerda, Rui Tavares lembra a solução encontrada em França - em que os partidos de esquerda se uniram numa frente política.

O dirigente do Livre realça que, "com os calendários atuais, a reflexão da esquerda tem que acontecer até julho, porque as listas têm que estar fechadas até essa altura" para as eleições de setembro. "O mapa que saiu do último domingo é alarmante e as pessoas quando ouvem o alarme têm que acordar", avisa.

Ouvir
  • Noticiário das 15h
  • 19 jul, 2025
Saiba Mais
Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+