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Economia

Governo admite medidas "em função da evolução" do preço dos combustíveis

20 jun, 2025 - 13:57 • Carla Fino , João Pedro Quesado com Lusa

Ministro das Finanças aponta que o preço do petróleo está "muito longe" dos níveis de 2022 que levaram à criação de medidas extraordinárias pelo Governo.

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O Governo pode aplicar medidas sobre o preço dos combustíveis dependendo da evolução do valor do petróleo. Segundo o setor, o preço do gasóleo deverá subir 8 cêntimos por litro, enquanto a gasolina deverá passar a custar mais 3 cêntimos.

Em declarações esta sexta-feira, à margem da reunião dos ministros das Finanças da União Europeia, Joaquim Miranda Sarmento garantiu que o Governo vai "acompanhar" a situação e "ver como é que se desenvolve o conflito no Médio Oriente, obviamente esperando que ele se possa resolver mais rapidamente possível e em função daquilo que for a evolução futura do preço do petróleo", admitindo que "poderemos ou não atuar".

"O preço do petróleo está neste momento a 72, 73 dólares o barril, está muito longe daquilo que, por exemplo, foram os preços em 2022, a própria gasolina e gasóleo está muito longe daquilo que foram os preços de 2022 e que levou a que, a nível europeu se criasse um conjunto de apoios para o setor da energia para baixar o preço da energia", ressalvou o ministro das Finanças.

Caso se confirmem as previsões para a semana de 23 a 29 de junho, o preço médio do gasóleo simples deverá fixar-se nos 1,616 euros por litro, enquanto o da gasolina simples 95 poderá subir para os 1,722 euros por litro.

Sobre o relatório do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE), em que são admitidos "riscos significativos" para a sustentabilidade da dívida pública portuguesa, sugerindo a "implementação célere" do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e a aposta na imigração para os conter, Miranda Sarmento apontou que o relatório "diz sobre Portugal o que diz sobre a generalidade dos países".

"O envelhecimento da população e o desafio demográfico colocam pressões de longo prazo sobre a dívida pública, como colocam sobre as finanças públicas, sobre a competitividade", admitiu o ministro, apontando que "é algo que nós sabemos, [que] há desafios de longo prazo relativamente à questão demográfica e isso coloca pressão no longo prazo sobre a dívida pública".

O ministro lembrou ainda que "todas as projeções apontam" para que a dívida pública portuguesa fique, em 2026, "abaixo da média da zona euro, e isso é um marco muito importante e não acontecia desde 2008".

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