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Emergência médica

Ministra da Saúde não se demite. Relatório afasta "ligação direta" entre morte e greve do INEM

22 jul, 2025 - 20:01 • Ricardo Vieira

Ana Paula Martins admite que "atrasos claros no atendimento e na prestação do socorro" durante a greve de outubro do ano passado, mas diz que foram tomadas medidas e "o mau funcionamento não se voltará a repetir".

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A ministra da Saúde afirmou esta terça-feira, numa declaração sem direito a perguntas, que “não há ligação direta" entre a morte de um utente em outubro do ano passado e a greve no INEM.

Apesar dos pedidos de sindicatos do setor e de alguns partidos de esquerda, Ana Paula Martins não se demite e quer continuar a trabalhar para "resolver os problemas" na Saúde.

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A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) concluiu que um utente de 86 anos que morreu de enfarte, em outubro do ano passado, em Bragança, após o INEM demorar 1h20 a chegar, poderia ter sobrevivido se o socorro fosse imediato, mas não culpa os trabalhadores.

O homem, que morreu durante a greve dos técnicos de emergência pré-hospitalar, tinha uma probabilidade de sobrevivência, embora reduzida devido a várias comorbilidades, conclui o relatório da IGAS.

Na declaração desta terça-feira ao início da noite, a ministra da Saúde sublinhou que "o relatório não faz uma ligação direta entre esta morte e a greve".

"O relatório diz que o quadro clínico da vítima 'inviabiliza nestas circunstâncias o estabelecimento de um nexo de causalidade entre o atraso no atendimento por parte do CODU e a morte ocorrida'", citou Ana Paula Martins.

"Mau funcionamento não se voltará a repetir"

A governante lamenta a perda de vidas humanas e admite que "houve atrasos claros no atendimento e na prestação do socorro" durante a greve de outubro do ano passado.

"A falta de um nexo de causalidade não me descansa nem descansa o Governo e tenho a certeza que não descansa os profissionais da emergência médica", sublinhou a ministra da Saúde, que enumerou as medidas tomadas pelo executivo na área da emergência médica.

Ana Paula Martins diz que retirou ilações da greve no INEM e garante que foram tomadas medidas.

"Sobre o que se passou naqueles dias das greves, sabemos que o circuito de informação dos anúncios da greve não funcionou bem, por isso, já o mudámos. Por isso, posso garantir que o mau funcionamento não se voltará a repetir. Na greve entretanto realizada tudo correu com normalidade", garantiu.

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