30 ago, 2025 - 09:58 • João Pedro Quesado
A Comissão Nacional de Eleições (CNE) notificou na sexta-feira Carlos Moedas para remover, em 24 horas, cartazes de publicidade institucional da Câmara Municipal de Lisboa. Este tipo de cartazes é proibido por lei a partir da marcação de eleições — as autárquicas de 2025 foram marcadas a 14 de julho.
Segundo o Diário de Notícias e o Observador, a CNE, ao analisar a queixa do PCP sobre os cartazes da autarquia, considerou que a Câmara de Lisboa violou a lei por levar a cabo "uma ação concertada de divulgação e promoção da atividade desenvolvida pela autarquia contendo elementos característicos de uma verdadeira campanha publicitária".
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A notificação para a remoção dos cartazes acontece "sob pena de incorrer na prática do crime de desobediência". O processo foi ainda remetido pela CNE para o Ministério Público, por ser uma "infração contraordenacional cometida por eleito local em exercício de funções". A aplicação da coima fica à consideração do juiz da comarca.
Na queixa apresentada pelo PCP, o vereador João Ferreira acusou Moedas de saber que "está a violar" a lei, e afirmou que "a cidade está enxameada de propaganda institucional da Câmara Municipal de Lisboa".
Câmara de Lisboa
Sérgio Cintra considera que estas ordens "colocam (...)
Em 2024, antes das eleições legislativas, a CNE decidiu de forma idêntica sobre cartazes da Câmara Municipal de Lisboa que destacavam a ação da autarquia, principalmente com medidas para a habitação. Moedas recorreu para o Tribunal Constitucional, que deu razão à CNE.
Ao Observador, a autarquia disse que já tinha pedido para retirar os cartazes "bem antes de qualquer deliberação da CNE", sem especificar quando ou porquê.