05 set, 2025 - 21:05 • Manuela Pires
Eurico Brilhante Dias, o líder parlamentar do Partido Socialista, defende que o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, deve demitir-se do cargo, após o acidente com o Elevador da Glória que matou 16 pessoas.
Em declarações aos jornalistas, na Assembleia da República, Eurico Brilhante Dias garante que, em nome da coerência política, Carlos Moedas não tem outra alternativa.
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“As decisões às vezes são difíceis, mas o engenheiro Carlos Moedas sabe qual é a única decisão que tem pela frente para manter a coerência política”, disse esta sexta-feira o líder parlamentar socialista.
Eurico Brilhante Dias lembrou que, em 2021, quando Carlos moedas era candidato à câmara, exigiu a demissão a Fernando Medina, no âmbito do caso “Russiagate”, quando a autarquia partilhou dados de manifestantes anti-Putin com a Rússia.
“O engenheiro Carlos Moedas sabe que não devemos exigir aos outros aquilo que não estamos preparados para cumprir. O engenheiro Carlos Moedas sabe que em consciência e em coerência não têm muitas alternativas, e por isso percebo o incómodo”, disse Eurico Brilhante Dias.


Eurico Brilhante Dias diz que Moedas sabe o que fazer para "manter a coerência política"
O líder parlamentar do PS considerou que “o momento é de grande, tristeza, mas nós conhecemos bem aquilo que o senhor engenheiro Carlos Moedas exigiu ao presidente da Câmara, Fernando Medina, e por isso penso que a consciência dele lhe pede, em coerência com aquilo que disse, que tome uma decisão”.
O antigo líder do Partido Socialista Pedro Nuno Santos também pediu esta sexta-feira responsabilidades políticas a Carlos Moedas.
“Tenho visto algumas pessoas tentarem evitar o inevitável: a assunção de responsabilidades políticas pelo atual Presidente da CML. Moedas é prisioneiro das suas próprias declarações em 2021, quando exigiu a demissão de Fernando Medina”, escreveu o ex-líder socialista nas redes sociais.
Pedro Nuno Santos considera que para assumir responsabilidades políticas não é necessário esperar pelo fim da investigação ao acidente com o Elevador da Glória.
“Para saber quem tem neste caso responsabilidade política não é preciso esperar por nenhuma investigação”, referiu o ex-líder do PS.