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Política

Pedro Nuno Santos atribui a Moedas responsabilidades políticas por acidente no Elevador da Glória

05 set, 2025 - 12:36 • Lusa

Ex-líder do PS recordou declarações do atual autarca sobre a partilha de dados de manifestantes anti-Putin pela Câmara de Lisboa com a Rússia, em que Moedas disse que Fernando Medina se devia demitir mesmo que a partilha fosse "um erro técnico".

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O ex-líder socialista Pedro Nuno Santos defendeu esta sexta-feira que o presidente da Câmara de Lisboa deve assumir responsabilidades políticas pelo acidente no Elevador da Glória, considerando que Carlos Moedas "é prisioneiro" das suas declarações sobre Fernando Medina.

"Tenho visto algumas pessoas tentarem evitar o inevitável: a assunção de responsabilidades políticas pelo atual Presidente da CML. Moedas é prisioneiro das suas próprias declarações em 2021, quando exigiu a demissão de Fernando Medina", escreveu, nas redes sociais, o deputado e ex-secretário-geral do PS.

Pedro Nuno Santos recordou que, aquando da partilha de dados de manifestantes anti-Putin pela Câmara de Lisboa com a Rússia, Carlos Moedas dizia então que "era necessário um novo tipo de políticos, os que assumiam as suas responsabilidades, mesmo perante um "erro técnico"".

"Sobre responsabilidade política, para sabermos quem a tem neste caso, não é preciso esperar por nenhuma investigação", defendeu.

Ressalvando que não se sabe se este acidente teria sido evitado se não tivesse havido a externalização da manutenção, o antigo ministro das Infraestruturas concorda com a Federação dos Sindicatos dos Transportes e Telecomunicações -- Fectrans quando esta considerou "necessária uma avaliação séria, numa área tão critica como é a da segurança".

"A Fectrans sempre foi contra a externalização da manutenção. A manutenção é mais eficaz quando beneficia do conhecimento acumulado, transmitido por sucessivas gerações de trabalhadores", apontou.

Para Pedro Nuno Santos será importante "saber quais as qualificações e experiência dos trabalhadores encarregues da manutenção, bem como o seu vínculo à empresa de manutenção".

"Também na CP, o governo de Cavaco Silva autonomizou a divisão de manutenção com a criação da EMEF, para depois, já no governo de Passos Coelho, tentar privatizá-la. Felizmente não conseguiram. Nós, em finais de 2019, reintegramos a EMEF na CP e reforçámos a manutenção da CP com a contração de mais técnicos e com a reabertura das oficinas de Guifões", acrescentou.

O elevador da Glória, em Lisboa, descarrilou na quarta-feira, causando 16 mortos e duas dezenas de feridos.

O Governo decretou um dia de luto nacional, nesta quinta-feira.

O elevador da Glória é gerido pela Carris, liga os Restauradores ao Jardim de São Pedro de Alcântara, no Bairro Alto, num percurso de cerca de 265 metros e é muito procurado por turistas.

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