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Ministro da Educação assegura estar "sempre disponível" para falar com reitores

06 set, 2025 - 20:29 • Lusa

O reitor da Universidade do Porto (U.Porto), António de Sousa Pereira, denunciou ter recebido pressões de várias pessoas para deixar entrar na Faculdade de Medicina 30 candidatos que não tinham obtido a classificação mínima na prova exigida no curso especial de acesso, segundo o semanário Expresso.

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O ministro da Educação, Ciência e Inovação disse este sábado, na Póvoa de Varzim (Porto), que ainda não falou com o reitor da Universidade do Porto, mas garantiu estar "sempre disponível" para falar com os reitores.

"Não, ainda não falei [com o reitor da U.Porto] (...) Estou sempre disponível para falar com os reitores", declarou aos jornalistas o ministro da Educação, Fernando Alexandre, à margem de uma visita que realizou esta tarde à feira AgroSemana, um evento que está a decorrer na Póvoa de Varzim e onde o ministro entregou os prémios Agrolympics.

O reitor da Universidade do Porto (U.Porto), António de Sousa Pereira, denunciou ter recebido pressões de várias pessoas para deixar entrar na Faculdade de Medicina 30 candidatos que não tinham obtido a classificação mínima na prova exigida no curso especial de acesso, segundo o semanário Expresso.

António Sousa Pereira garantiu, num comunicado enviado à Lusa, que não mentiu, e disse que a notícia avançada pelo Expresso refere "pressões de várias pessoas influentes e com acesso ao poder" e, por isso, considerou "estranha" as declarações do ministro da Educação, Fernando Alexandre, que acusou o reitor de mentir.

A Federação Académica do Porto (FAP) e as 14 Associações de Estudantes da Universidade do Porto pediram hoje a convocação urgente de um Senado Académico para que os dirigentes responsáveis expliquem o caso dos 30 candidatos ao curso de Medicina.

"A Federação Académica do Porto e as Associações de Estudantes da Universidade do Porto apelam ao diálogo entre o diretor da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) e o reitor da Universidade do Porto, considerando ainda indispensável a convocação urgente de um Senado Académico, com a presença de ambos", lê-se numa nota de imprensa enviada hoje à Lusa.

Os candidatos ao concurso especial de acesso ao Mestrado Integrado em Medicina da Universidade do Porto (U.Porto) confessaram à Lusa que se sentem lesados pela U. Porto, referindo que mudaram de cidade, abandonaram empregos de anos, investiram em imóveis e desistiram de mestrados.

A FAP também já veio exigir um "inquérito interno" para apurar o porquê do diretor da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto informar 30 candidatos da entrada em Medicina sem autorização do reitor da Universidade do Porto.

O PSD veio entretanto pedir uma audição urgente do ministro da Educação e do reitor da U.Porto para prestarem esclarecimentos. O PSD requer ainda a audição do diretor da FMUP, e o PS e a IL também pediram a audição do ministro da Educação no Parlamento.

Questionado pelos jornalistas para saber o que o trouxe à Agrosemana, o ministro da Educação declarou que esta feira é "muito importante para o país", bem como todo o setor agrícola.

"É um setor fundamental. A Europa percebeu isso nos últimos anos com a guerra na Ucrânia, com a dependência que temos, muitas vezes, em áreas essenciais. E Portugal também. E, por isso, este Governo tem feito uma grande aposta na agricultura", declarou.

Fernando Alexandre acrescentou que decidiu aceitar o convite para o evento porque é necessária a qualificação de pessoas para o setor.

"Estou aqui como ministro da Educação, porque a qualificação de pessoas para o setor e também na dimensão de ciência e inovação para a área agrícola é fundamental. Estamos muito comprometidos em conseguir melhorar as condições de todo o setor agrícola", esclareceu.

"[O Governo tem] uma grande aposta na formação. Seja na área profissional, seja no [ensino] superior, nos cursos que são fundamentais para garantir que podemos dar resposta às necessidades que temos", concluiu.

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