17 set, 2025 - 22:38 • Ricardo Vieira
“Sou o único candidato verdadeiramente independente” na corrida às eleições presidenciais, afirmou esta quarta-feira Henrique Gouveia e Melo, em entrevista à SIC.
O candidato constata que é o único nome "sem ligações partidárias", numa altura em que há, na sua opinião, uma "partidarização" das eleições para a Presidente da República.
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“Eu não sei se nós estamos a concorrer a umas eleições presidenciais ou a uma segunda volta das legislativas. Há uma partidarização destas presidenciais, cada partido parece que vai entrar com o seu próprio candidato e a mim, parece-me, que não são bem umas eleições presidenciais, mas uma segunda volta das legislativas.”
Líder do Chega não queria, mas avança com candidat(...)
Gouveia e Melo diz que vai a votos para unir e ser o "tribuno de todos os portugueses", e não para ser um "tribuno de fações, que traz divisionismo".
O militar na reserva posiciona-se ao centro do espectro político e confidencia: “Já votei muitas vezes no PS e no PSD”.
“Os militantes do PSD não votam no PS e os do PS não votam no PSD. Eu sou como a maioria dos portugueses que votam ao centro. Já votaram umas vezes no PSD e outras vezes no PS. Eu represento esses portugueses. Também já votei muitas vezes no PS, outras vezes no PSD porque me situo nesse centro e espaço político. Não considero que o meu posicionamento seja exatamente do PSD ou do PS.”
Nesta entrevista à SIC, Gouveia e Melo diz que não está preocupado nem percebe a candidatura presidencial de André Ventura, líder do Chega.
“Saúdo todas as entradas que obedecem aos princípios democráticos, são eleições livres para a presidência. No entanto, o próprio Dr. André Ventura, quando entrou disse claramente que tinha muitas hesitações e queria era ser Governo e primeiro-ministro, e não percebi bem porque é que entrou verdadeiramente nestas presidenciais", afirma o candidato.
Candidato a Presidente da República assumiu ser "c(...)
O antigo coordenador do plano de vacinação contra a Covid-19 não está preocupado com a candidatura de Ventura, porque "não pertencemos ao mesmo espaço político", diz.
"O meu espaço político é mais do centro, claro que há eleitores que se sentem frustrados com a política e uns votarão em mim, outros mais à esquerda e outros mais à direita. Mas não vou recusar o voto de nenhum português. Todos os votos são igualmente importantes. Não quero representar só uma fação de portugueses, isso são os outros candidatos que querem representar as suas faixas partidárias”, declarou.
Gouveia e Melo não responde às críticas do adversário André Ventura e explica que rejeitou o apoio do Chega porque não vai mudar as suas ideias para "colher apoios de determinadas faixas da sociedade” e porque quer ser independente.
Nesta entrevista à SIC, Gouveia e Melo confirma que almoçou com o líder do Chega, em agosto, e explica que "o grande objetivo foi esclarecer as opiniões mútuas e posicionamento político".
"E chegámos à conclusão, óbvia, que não tínhamos interceções, não havia interesse comum", remata o militar na reserva, sublinhando que também já se encontrou com "gente do PSD, do PS". também jantou com Marques Mendes, candidato apoiado pelo PSD, e tenciona também encontrar-se com personalidades ligadas à esquerda.