17 set, 2025 - 20:11 • Manuela Pires
André Ventura saiu da residência oficial do primeiro-ministro com a certeza que desta vez está “a ser construído um caminho de responsabilidade” com vista à aprovação do Orçamento do Estado para 2026 (OE2026).
Depois de mais de uma hora de reunião, Ventura disse aos jornalistas que o Chega tem várias matérias que são inegociáveis, como a descida do IRS e o aumento do complemento solidário para idosos. O Chega quer ainda mais verbas para a segurança e a justiça.
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“É o caso do aumento do complemento solidário de idosos e da redução e do fim das portagens em algumas zonas do território, e isto tem de estar consagrado no Orçamento. Por outro lado, o Chega, tinha feito uma exigência de descida do IRS para aqueles que ganham menos, e portanto, de descida nos escalões intermédios e mais baixos do IRS”, disse André Ventura.
Líder do Chega saiu do Parlamento e tentou discurs(...)
Em julho, quando o Governo apresentou a proposta de redução do IRS para este ano, chegou a acordo com o Chega para permitir essa descida e garantir já para o Orçamento do Estado para 2026 a aprovação de nova descida. Sendo assim, para a descida de 0,3 pontos entre o segundo e o quinto escalão, se concretizar é preciso que o Orçamento do Estado seja aprovado.
André Ventura garante que Luís Montenegro acolheu as propostas, mas diz que ainda é muito cedo para falar de aprovação de Orçamento ou para se chegar a um acordo já nesta primeira reunião.
“O primeiro-ministro mostrou abertura para continuarmos a conversar sobre isso”, indicou.
“Não era chegar-se a um acordo. Houve um primeiro diálogo, acho que o país pode tranquilizar-se de que este diálogo é positivo, que está a haver um esforço de parte a parte para haver uma construção positiva”, garantiu o líder do Chega.
Orçamento do Estado
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Questionado sobre se o Chega aceita que o Governo também dialogue com o PS, André Ventura disse que não faz “birras” e que não lhe cabe a si “dizer com quem é que o PSD deve ou não falar”.
Ventura acrescenta que a questão é saber se o executivo “segue aquilo que uma maioria de direita deu ao país, menos impostos, menos burocracia, combate à corrupção, ou segue aquilo que o PS fez durante sete anos, mais impostos, mais burocracia, mais carga fiscal, menos combate à corrupção”.
“O primeiro-ministro mostrou abertura para continuarmos a conversar sobre isso”, indicou, considerando que “agora há um caminho que tem de ser feito com responsabilidade e ver se os partidos chegam ou não a um entendimento” para evitar uma nova crise política.