04 out, 2025 - 14:38 • Ana Fernandes Silva
Para Manuel Pizarro a segunda fase da obra do metrobus foi uma "provocação" à cidade do Porto, "porque era sabido que, não estando a primeira fase em funcionamento, havia uma enorme divergência na cidade, em véspera das eleições autárquicas, sobre o traçado que estava decidido para a segunda fase".
O candidato do Partido Socialista (PS) à Câmara do Porto saúda a Metro do Porto por, nos últimos dias, ter decidido interromper a obra temporariamente, mas ressalva: "no dia em que for eleito presidente da câmara vou exigir que o senhor presidente da Metro e o senhor Ministro das Infraestruturas se sentem à mesa comigo para discutir o que é que vai ser feito à segunda fase do Metro Bus, porque aquilo que nos está projetado não interessa".
Pizarro esclarece que a sua "intenção é rever o traçado da obra para a tornar menos intrusiva para as árvores e para o espaço ciclável da Avenida Boavista".
Questionado sobre a possibilidade de, no futuro, não ser viável uma alteração ao projeto, o candidato socialista mostra-se confiante. "Há sempre soluções na engenharia, na arquitetura e no urbanismo para tornar as coisas possíveis. O que não é possível nem aceitável é obrigar os portuenses a engolirem uma obra que Lisboa nos quer fazer engolir e que é uma obra que não corresponde aos padrões de conforto que ambicionamos para a cidade".
"Espero que ele seja o presidente e que me reserve para a sua primeira visita", sublinhou.
Antes de partirem para o almoço, junto ao Palácio da Bolsa, Anne Hidalgo reafirmou o seu apoio. "Eu sei que juntos nós vamos poder trabalhar. E, realmente, eu acho que o Porto precisa de um presidente como ele, envolvido na vida dos cidadãos".