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Montenegro acaba dia de campanha "revoltado" com notícias sobre a Spinumviva

07 out, 2025 - 21:59 • Manuela Pires

O PSD desceu ao Algarve onde o Chega venceu as últimas legislativas. Luís Montenegro destacou a imigração e, em Albufeira, disse aos jornalistas estar revoltado com o teor das notícias a poucos dias das eleições.

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Luís Montenegro revoltado com manobras obscuras
Luís Montenegro revoltado com manobras obscuras

O dia de campanha de Luís Montenegro começou com o anúncio de um aumento de 40 euros no Complemento Solidário para Idosos, durante a tarde foi criticado pela oposição por estar a ser eleitoralista, e à noite acabou a fazer uma declaração para reagir à noticia relacionada com a empresa familiar do primeiro-ministro.

A CNN revelou que os procuradores responsáveis pela averiguação preventiva sobre a Spinumviva consideram que deve ser aberto um inquérito-crime ao primeiro-ministro, que será decidido pelo procurador-geral da República. Pouco depois, a PGR emitia um comunicado onde garantia que nada tinha sido proposto e que a averiguação preventiva continua.

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Uma "pouca-vergonha", "revoltado", "estupefacto", foram as palavras usadas pelo primeiro-ministro para qualificar a informação revelada ao final da tarde.

Luís Montenegro diz que não e deixa intimidar e garante que está a aguardar tranquilamente a "análise e o juízo do Ministério Público".

“Estou completamente tranquilo, embora absolutamente estupefacto e mesmo revoltado com o teor das notícias, que a virem de alguém ligado ao processo configuram uma situação que é uma pouca vergonha, de uma deslealdade processual, democrática, que é intolerável e que eu não aceito de maneira nenhuma”, disse aos jornalistas.

A notícia surge a poucos dias das eleições autárquicas e Montenegro avisou que estas noticias não o intimidam, e pediu aos portugueses para que “não se deixem levar por manobras” – que classificou como "obscuras" – “a três ou quatro dias do encerramento de uma campanha eleitoral e de uma escolha que devem fazer em total liberdade”.

“Não sei qual é a fonte desta notícia, o que posso garantir é que todos os esclarecimentos que me têm sido pedidos são facultados e eu aguardarei a sua análise e o juízo do Ministério Público. O resto é simplesmente uma pouca-vergonha, eu vou repetir: é uma pouca-vergonha”, repetiu Luís Montenegro.

No Algarve, onde o Chega venceu as eleições legislativas, o primeiro-ministro e líder do PSD falou sobre a imigração, referindo que é uma preocupação dos habitantes da região, e acusou o Chega de ser o responsável por os migrantes, que desembarcaram no Algarve, em agosto, tenham sido agora libertados.

Os anúncios e as críticas da oposição sobre o eleitoralismo

Luís Montenegro anunciou, em Évora, o aumento de 40 euros no Complemento Solidário para Idosos em 2026, garantindo depois aos jornalistas que tem a responsabilidade de partilhar a visão do Governo para Portugal.

“A minha responsabilidade é partilhar a nossa visão para o país, partilhar o sentido estratégico que, no caso do PSD, nós damos nas várias formas de intervenção que temos, e também na governação do país, evidentemente com a responsabilidade de explicar aos eleitores o que é que estamos a fazer, a estratégia que estamos a seguir, os objetivos que queremos alcançar”, referiu aos jornalistas.

O primeiro-ministro não percebe as criticas da oposição quando fala em medidas eleitoralistas porque, afinal de contas, são positivas para a população.

“O facto de algumas pessoas poderem dizer que a sua apresentação tem uma vertente eleitoralista significa que se reveem no conteúdo do Orçamento, porque só é eleitoralista aquilo que agrada aos eleitores e, portanto, eu, perante a acusação vinda da oposição nesse sentido, o que posso é ficar satisfeito com o reconhecimento de que o orçamento possa ser bom para as pessoas, porque é esse o objetivo” disse Montenegro.

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