09 out, 2025 - 17:11 • Fábio Monteiro
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, rejeitou esta quinta-feira que o Governo tenha procurado tirar proveito político ao antecipar a entrega do Orçamento do Estado para 2026, coincidindo com o período de campanha autárquica.
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“Devem ter pensado que [o orçamento] era ofuscado pela ponta final da campanha. Agora aproveitamento não. Primeiro porque muitas das realidades importantes estão fora do orçamento, em segundo lugar porque já se sabe tudo do orçamento, é um segredo que não é segredo, já se sabe o fundamental por antecipação.”, afirmou Marcelo.
O chefe de Estado descreveu o documento como “esquemático e reduzido ao fundamental”.
Segundo Marcelo, as matérias mais controversas “estão noutras leis que veem a seguir ou já se conhece”, sublinhando que “não há nada assim de muito especial que tenha animado o orçamento”.
Sobre a previsão de um excedente orçamental de 0,1% para 2026, o Presidente interpretou o cenário como parte de uma estratégia de contenção deliberada.
“Ir para o debate orçamental apertando os cordões à bolsa, dizendo nós estamos aqui muito apertados, é difícil aceitar muitas propostas. Se se vai ao contrário, com uma perspetiva de muita folga, isso pode querer dizer exigências que reduzem substancialmente o excedente orçamental.”, explicou.
Apesar desse controlo, Marcelo garantiu que “há uma almofada suficiente para não haver défice”.