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Mariana Vieira da Silva. "Ninguém tem dúvidas sobre disponibilidade do PS para aprovar Orçamento"

09 out, 2025 - 08:07 • José Pedro Frazão

O Orçamento pode vir a ser viabilizado não apenas pelo PS mas também pelo CHEGA. A tese é defendida na Renascença por Duarte Pacheco. O ex- deputado do PSD concorda que pode não ser simples conciliar as medidas e as metas orçamentais, como sugere Mariana Vieira da Silva no programa "Casa Comum".

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Mariana Vieira da Silva: "Ninguém tem dúvidas sobre a disponibilidade do PS para aprovar o Orçamento"
Veja aqui o programa "Casa Comum".

A antiga ministra socialista Mariana Vieira da Silva defende que José Luís Carneiro contribuiu para a pacificação política que se regista este ano na discussão do Orçamento. Na Renascença, a deputada socialista sublinha que o PS está disponível para viabilizar o Orçamento, caso as medidas agradem ao seu partido.

"Ninguém neste país tem dúvidas sobre a disponibilidade do PS. Foi clara desde que José Luís Carneiro é secretário-geral e é por isso que temos vivido pela primeira vez em muitos anos - e do meu ponto de vista ainda bem - uma pacificação deste momento pré-orçamental. O resto discute-se em função daquilo que efetivamente for entregue, sabendo todos quais são as dúvidas que o Partido Socialista tem sobre a viabilidade de um conjunto de medidas políticas que têm sido anunciadas, face ao contexto económico que vivemos", clarifica a vice-presidente da bancada parlamentar do PS.

Mariana Vieira da Silva tem curiosidade para ver como vai o Governo conciliar as metas orçamentais com a necessidade de investir dinheiro público de projetos que ficaram sem verbas do PRR.

" O momento da entrega do orçamento também vai ser o momento em que o país vai ser confrontado, por exemplo, com uma fraquíssima execução de investimento público, com uma necessidade imperiosa, com a qual o Governo se tem comprometido, de incluir no orçamento todos os investimentos que não vão ser concretizados no âmbito do PRR. Eu estou curiosa sobre como é que este puzzle e a soma de todas estas peças vai dar os números de superávit de que o Governo tem falado", alerta a dirigente do PS na Renascença.

Um orçamento de consenso

Duarte Pacheco aposta na aprovação do Orçamento do Estado com a abstenção simultânea do PS e do Chega. É a previsão do antigo coordenador do PSD na Comissão de Orçamento e Finanças. No programa "Casa Comum" da Renascença, Duarte Pacheco explica as razões que podem justificar essas abstenções.

"Alguém querer pôr a despesa a disparar e passarmos a défice? Não. O Governo já disse que volta a apresentar um orçamento que é excedentário. É um sinal político. Alguém é contra? Duvido. Vai contribuir também para a descida de impostos, mesmo sendo aprovado autonomamente. Ninguém será um grande crítico dessa medida, podendo ser na modelação. Em terceiro lugar, o Governo tem anunciado apoios sociais a crescer que também geram relativo consenso", explica o antigo deputado do PSD

Ex-coordenador social-democrata durante longos anos na Comissão de Orçamento e Finanças, Duarte Pacheco admite que pode haver algum debate sobre a conciliação das metas orçamentais e as medidas propostas pelo Governo.

"Pode haver a curiosidade de perceber como é que o governo depois vai enquadrar isto tudo para reduzir impostos, aumentar a despesa e manter as contas certas. E reforçar o investimento que tem sido o ponto fraco já há alguns anos para cá", ressalva Duarte Pacheco no programa "Casa Comum".

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