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Autárquicas: PCP aguarda pelo apuramento final em Lisboa e ainda não pede recontagem

14 out, 2025 - 20:04 • João Maldonado

Paulo Raimundo sublinha que é preciso esperar pelo apuramento geral dos resultados para perceber se houve irregularidades. No final: "logo se vê o que é que acontece". Em causa podem estar 60 votos que terão ficado por contabilizar em Lisboa. Comunistas estiveram reunidos para avaliar resultados autárquicos "negativos", mas com sinais de "resistência".

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Não há nenhuma voz do PCP que tenha pedido a recontagem dos votos em Lisboa ou em lado algum, como em todas as eleições o apuramento está a ser feito e quando chegarmos ao fim logo se vê o que é que acontece”, esclarece Paulo Raimundo. Para o secretário-geral do Partido Comunista Português só faz sentido falar em recontagem de votos se forem detetadas irregularidades no apuramento geral dos resultados que está ainda a decorrer.

No caso do PCP uma eventual recontagem poderia ser extremamente apetecível. É que em Lisboa a diferença para o Chega foi de apenas 11 votos. Um número curto que garantiu ao partido liderado por André Ventura dois vereadores, deixando para a CDU apenas um (João Ferreira).

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A tradicional coligação com o Partido Ecologista “Os Verdes” denuncia, ainda assim, que 60 votos que terão ficado por contar em Benfica, por uma “questão processual” - não havendo garantias sobre em quem recaíram as cruzes nesses boletins.

Questionado sobre a candidatura encabeçada pela socialista Alexandra Leitão e se não se arrepende de não se ter juntado para derrubar Carlos Moedas, o líder dos comunistas reforça que nunca poderiam embarcar num projeto que tem também sido responsável, nos últimos anos, pela gestão lisboeta.

O Comité Central do Partido Comunista Português esteve esta tarde reunido para discutir os resultados das últimas eleições. Na conferência de imprensa que estava convocada para as 18h00, e cuja hora, como sempre com o PCP, foi cumprida, Paulo Raimundo voltou a assumir os maus resultados na noite eleitoral (ainda que avistando sinais positivos).

“Um resultado que sendo em geral negativo, com a redução da expressão eleitoral, mandatos e maiorias pela CDU, é simultaneamente um sinal de resistência que tem de ser sublinhado; não tanto como nós gostaríamos, mas aquilo que as eleições autárquicas vieram demonstrar é que a CDU tem uma capacidade de atração de muita gente que não nos acompanha nas legislativas e que nos dá o voto nas autárquicas”.

Raimundo destaca a manutenção da CDU como terceira força nacional ao nível autárquico, sublinhando concelhos reconquistados, como Sines, Mora ou Aljustrel: “Factos que desmentem as teorias sobre um suposto declínio irreversível, e que confirmam a CDU como a força das soluções e do projeto necessário”. A coligação venceu 12 autarquias, mas apenas em seis tem maioria absoluta para governar.

Olhando para o plano nacional, o PCP convida à participação na Marcha Nacional, convocada pela CGTP para 8 de novembro, como “combate ao retrocesso que representa o Pacote Laboral, exigindo a sua retirada”, e volta a criticar o Orçamento do Estado para 2026: “Mais uma peça de uma política assente nos baixos salários e pensões, de contenção do investimento e ataque aos serviços públicos, de injustiça fiscal e financiamento dos lucros do grande capital”.

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