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OE 2026. Abstenção exigente é "sinal de responsabilidade" e pode ser capitalizada pelo PS

15 out, 2025 - 10:30 • André Rodrigues

Politóloga Sílvia Mangerona rejeita a ideia de uma cedência do PS ao Governo. "Não há outro remédio, perante o cenário que temos no Parlamento."

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A abstenção do PS na votação do Orçamento do Estado do próximo ano é "uma atitude responsável", defende na Renascença a politóloga Sílvia Mangerona.

"Não creio que fragilize o PS, porque o que está em causa é a estabilidade política", sublinha a especialista, que acrescenta que esse fator "pode ser capitalizado pelo PS junto dos eleitores".

Silvia Mangerona considera, ainda, que "é de assinalar o facto de José Luís Carneiro ter sublinhado que o PS vai honrar a palavra dada aos portugueses".

Desse ponto de vista, a politóloga considera que o PS torna-se "parceiro privilegiado" do Governo na discussão do OE na especialidade, "e não há outro remédio, perante o cenário que temos no Parlamento".

"Neste anúncio e nesta designação de 'abstenção exigente', lembrei-me do que se passou em 2011 - nem de propósito - com António José Seguro, que, na altura, anunciou a abstenção do PS, falando, na altura, em abstenção violenta. Isso foi até amplamente criticado e, depois, o desfecho foi o que todos sabemos", recorda Sílvia Mangerona.

PS apoia Seguro para Belém? "É a única alternativa possível"

Noutro plano, sobre o apoio do PS à candidatura de António José Seguro à Presidência da República, Sílvia Mangerona considera "não é tarde" que só agora os socialistas se pronunciem, após vários meses de indefinição e de putativos candidatos que nunca chegaram a avançar.

"O facto de não assumir logo esse apoio foi uma crítica muito apontada ao PS, mas creio que não seja negativa essa espera, nem para o PS, nem para Seguro", defende a politóloga.

E justifica: "estes momentos eleitorais que se sucederam deram alguma margem para que este adiamento fosse possível e fosse menos prejudicial. E creio que até pode ser entendido como um fator de responsabilidade".

Embora reconheça que o antigo líder socialista é um "candidato polémico", Sílvia Mangerona considera que este apoio será "a única possibilidade de Seguro poder ter um resultado mais simpático e, do ponto de vista do PS, é a única alternativa possível para que não haja novidades muito desagradáveis para o Partido Socialista".

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