18 out, 2025 - 14:50 • Isabel Pacheco
De ramo de cravos vermelhos nas mãos, Catarina Martins apresentou-se este sábado no Porto, como “filha do 25 de abril”, “irmã democracia” e candidata à presidência da República.
“Candidato-me para ser a Presidente que cuida da democracia, uma democracia forte que ocupa todos os lugares das nossas vidas, nas escolas, nas empresas, nos bairros”, apontou a eurodeputada bloquista comprometendo-se na “construção de novas pontes”.
“Aqui estou com a vontade de construir novas pontes e soluções dei provas desse trabalho e sei que será determinante no próximo mandato presidencial”, antecipou a antiga dirigente do BE reafirmando que para si o “compromisso com a democracia”, “não será nunca mero ritual ou formalismo”, mas “forma de vida”.
A década de liderança partidária e a experiência da geringonça foram usados como trunfos por Catarina Martins para a candidatura que diz ser “pessoal” e “sem limites partidários”.
“Esta candidatura não se define por fronteiras partidárias. Dialoga com todas as pessoas de todos os caminhos da política empenhada na democracia e que não desistem de um país melhor”, apelou a candidata ao longo de um discurso em que revisitou algumas das lutas conquistadas enquanto coordenadora do Bloco de Esquerda para se apresentar por inteiro. Tal como é.
“Apresento-me como candidata a Presidente de Portugal. Com a minha vida e a minha experiência por inteiro. Aqui estou como sou”, vincou para, logo terminar, com um compromisso.
“Com esta candidatura a campanha presidencial não será o debate entre a tragédia e o mais do mesmo será sobre a vida, será sobre o sonho. Esta é a candidatura que abraça a força do país, que não desistiu e que se quer reinventar”.
Na plateia nas galerias Geraldes , no Porto, esteve a líder bloquista Mariana Mortágua acompanhada do antigo deputado Fabian Figueiredo numa sessão marcada pela ausência de alguns dos fundadores do partido.
Às eleições presidenciais de janeiro concorrem ainda Marques Mendes, Henrique Gouveia e Melo, António José Seguro, António Filipe e João Cotrim de Figueiredo.