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Papa desafia países de "tradição cristã" a promover perdão da dívida

01 jan, 2025 - 11:45 • Liliana Monteiro , Eduardo Soares da Silva com Ecclesia

No Dia Mundial da Paz, Francisco pediu a que todos "pensem nas mães que têm os corações alegres e nas mães que têm o coração cheio de dor porque os seus filhos foram levados, seja pela violência ou pelo ódio".

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O Papa apelou, esta quarta-feira, aos países de “tradição cristã” que assinalem o Jubileu de 2025 com um perdão de dívida às nações mais pobres.

“Encorajo os governantes dos países de tradição cristã a darem um bom exemplo, anulando ou reduzindo o mais possível as dívidas dos países mais pobres”, declarou, desde a janela do apartamento pontifício, após a oração do ângelus no primeiro dia do ano novo.

Francisco reforçou uma das suas propostas centrais para o 27.º jubileu ordinário da Igreja Católica – celebração que acontece a cada 25 anos -, iniciado na última noite de Natal, com a abertura da Porta Santa na Basílica de São Pedro.

“O jubileu deste ano caracteriza-se por um tema peculiar, o do perdão das dívidas. O primeiro a perdoar as dívidas é Deus, como rezamos sempre no Pai Nosso, referindo os nossos pecados e comprometendo-nos a perdoar a quem nos ofendeu”, explicou.

"O jubileu pede-nos que traduzamos esta remissão a nível social, para que nenhuma pessoa, nenhuma família, nenhum povo seja excluído por causa das dívidas”, acrescenta.

No Dia Mundial da Paz, o Papa quis agradecer “as iniciativas de oração e de empenho pela paz promovidas em todas as partes do mundo, por comunidades diocesanas e paroquiais, por associações, movimentos e grupos eclesiais”.

No ângelus, Francisco pediu a que todos "pensem em todas as mães que têm os corações alegres e em todas as mães que têm o coração cheio de dor porque os seus filhos foram levados, seja pela violência ou pelo ódio".

"Quão bela é a paz e quão desumana é a guerra que magoa o coração das mães", acrescentou.

O Papa agradeceu ainda a todos os que "trabalham prol do diálogo e das negociações nas muitas áreas de conflito".

"Rezemos para que os combates parem em todas as frentes e se ambicione definitivamente a paz e a reconciliação. Penso na martirizada Ucrânia, Gaza, Israel, Mianmar, Kivu e em muitos povos em guerra. Irmãos, irmãs, a guerra destrói, sempre destrói. A guerra é sempre uma derrota, sempre", acrescentou.

O Dia Mundial da Paz foi instituído em 1968 por São Paulo VI (1897-1978) e é celebrado no primeiro dia de cada ano, com uma mensagem papal.

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  • Sempre irrealista
    01 jan, 2025 Portugal 12:21
    Gastaram e agora tinham perdão de dívida, para continuarem a gastar e depois ficarem à espera de novo perdão, quer dizer, andávamos a trabalhar para eles. Já agora que tal alguém perdoar os 200 mil Milhões de Euros de Dívida Portuguesa?

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