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Patriarcado de Lisboa homenageia D. Joaquim Mendes e agradece 17 anos de serviço como bispo

02 fev, 2025 - 19:10 • Ecclesia

D. Rui Valério presidiu a Missa, que assinalou Jubileu dos Consagrados. Na homília, o patriarca sustentou que a vocação dos consagrados está marcada pela “intimidade com o Senhor” e deve levar a receber Cristo “nos pobres, nos famintos, nos prisioneiros, nos peregrinos, nos migrantes”.

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O Patriarcado de Lisboa promoveu este domingo uma homenagem a D. Joaquim Mendes, pelos 17 anos de serviço como bispo, na Missa do Dia do Consagrado, que decorreu na Catedral diocesana.

“Atuando a partir do Alicerce, ou melhor, da Pedra Angular, que é Cristo, qual sustento de todo o projeto da missão evangelizadora da Igreja, o senhor D. Joaquim, com Maria e José, deu rosto e voz a Cristo Senhor, que é Doação para a salvação do mundo”, disse D. Rui Valério, patriarca de Lisboa, na homilia da Eucaristia.

O responsável deixou o seu “obrigado” ao auxiliar emérito, religioso salesiano.

“Dócil ao Espírito de Deus, ao estilo de São João Bosco, e imitando a Senhora Auxiliadora, forjou o seu ministério episcopal com a graça do Alto e com os valores do Evangelho”, referiu.

A homilia do patriarca de Lisboa partiu do relato da apresentação de Jesus no Templo de Jerusalém, que se assinala anualmente a 2 de fevereiro, evocando as personagens do episódio para falar do percurso de D. Joaquim Mendes.

“Jamais abandonou, ou desistiu do que quer que fosse”

“Com e como Simeão, não recusava a ninguém estender os braços para acolher as suas dificuldades, os seus problemas e, quiçá, os labirintos de autênticos dramas vividos por tantos. E, como Ana que não se afastava do tempo para servir a Deus dia e noite, também o Senhor D. Joaquim jamais abandonou, ou desistiu do que quer que fosse”, observou.

A sua firmeza nutrida no amor a Deus e à Igreja mantiveram-no sempre ao serviço da Diocese de Lisboa, das suas comunidades e de cada pessoa que o procurava. Obrigado, Senhor D. Joaquim”.

A 10 de dezembro de 2024, o Papa aceitou a renúncia de D. Joaquim Mendes como bispo auxiliar de Lisboa, após este ter completado a idade limite estabelecida pelo Direito Canónico.

O responsável tinha sido nomeado bispo por Bento XVI, em janeiro de 2008, sendo ordenado a 30 de março do mesmo ano, na igreja de Santa Maria de Belém, numa cerimónia presidida pelo então cardeal-patriarca D. José Policarpo.

O seu lema episcopal é ‘Eu estou no meio de vós, como aquele que serve’ (Lc 22,27).

A Missa no Dia do Consagrado, na Sé de Lisboa, marcou ainda o encerramento da Semana de Oração pela Vida Consagrada 2025 (26 de janeiro a 2 de fevereiro) e o Jubileu dos Consagrados da diocese.

“Ao longo de todos os tempos, o fundamento inspirador da Vida Consagrada está bem marcado, na Palavra de Deus, com os tons da radicalidade”, indicou D. Rui Valério.

Vocação dos consagrados

O patriarca de Lisboa sustentou que a vocação dos consagrados está marcada pela “intimidade com o Senhor” e deve levar a receber Cristo “nos pobres, nos famintos, nos prisioneiros, nos peregrinos, nos migrantes”.

“O profeta não vende nada, por isso não se vende, não hesita, não fica acabrunhado. Os religiosos e religiosas hoje, na Igreja, são chamados a dar testemunho da verdade que liberta, esta verdade que é Jesus, é a sua Pessoa, é o seu amor”, afirmou.

O clero de Lisboa esteve reunido na tarde desta sexta-feira, no Seminário dos Olivais, para a festa de agradecimento a D. Joaquim Mendes.

“Sou salesiano e exerci o ministério episcopal, como não podia deixar de ser, com o carisma de D. Bosco, marcado por três devoções brancas: Eucaristia, Virgem Maria e o Papa. Um carisma profundamente eclesial, marcado pela disponibilidade e pelo serviço aos jovens e ao santo povo de Deus”, disse D. Joaquim Mendes, na cerimónia.

D. Joaquim Augusto da Silva Mendes nasceu a 14 de março de 1948, em Castelões de Cepeda (Paredes), território da Diocese do Porto; ingressou no noviciado dos Salesianos a 4 de outubro de 1974 e emitiu os votos perpétuos a 15 de abril de 1981.

Padre desde 24 de julho de 1983, é licenciado pela Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa, especializando-se em Teologia e Espiritualidade, na Universidade Pontifícia Salesiana, de Roma.

Em Portugal, o responsável foi superior maior da Província dos Salesianos, entre outros cargos desempenhados na congregação religiosa.

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